Brasília, 20 de maio de 2024.

Profissionais das áreas de Geologia e Engenharia de Minas obtiveram avanços significativos durante a 2ª Reunião Ordinária da Coordenadoria Nacional de Câmaras Especializadas destas atividades do Sistema Confea/Crea. A CCEGEM esteve reunida de 15 a 17 de maio, em Brasília. As propostas de inclusão de 19 atividades na revisão da Tabela de Obras e Serviços – TOS e ainda de utilização de drones pelos profissionais são destacadas pelo coordenador eng. geol. Éder Moreira entre os pontos discutidos durante os três dias de debates.
 

A Revisão da Tabela TOS, incluindo a atualização de 19 atividades, das áreas de Geologia e Engenharia de Minas é justificada pelo coordenador Éder Moreira, por considerar que há  novas atividades que precisam integrar a a atualização, demandada pelo Confea. “Diante da solicitação do mercado por uso de novos métodos, como os métodos geofísicos, por exemplo. São novos métodos de sondagem, utilizando equipamentos lançados como o georradar que permite determinar plumas de contaminação no solo, na rocha, na água. Ainda é um equipamento caro, mas que produz excelentes resultados. Um aparelho que faz sondagem por meio de ondas de choque e consegue observar o que está acontecendo, interpretado por software. A pluma é um parâmetro importante para o profissional porque a gente vai preservar o meio, determinar um método para você fazer a recuperação daquela área degradada. Assim, se há uma indústria liberando um hidrocarboneto, esse método permite identificá-la para posteriormente criar um plano de recuperação de área degradada”, explica o coordenador da CCEGEM.

“A gente também falou de permissão de lavra garimpeira, conhecida pela sigla PLG. Os profissionais de engenharia de minas trabalham com lavra. Para isso, é necessário entrar na (página da) ANM e solicitar uma área para a realização da lavra garimpeira, para ouro, gemas e outros.  Para controlar a mineração tida como garimpo, termo que está em desuso. Para isso, é preciso contar com um profissional habilitado para fazer esta atividade para que não haja extração indevida, utilizando mercúrio e outros processos danosos para o meio ambiente”, descreve.

Mais próximo dos profissionais 
As expectativas dos profissionais também foram destacadas pela Coordenadoria de  Geologia e Engenharia de Minas. Assim, a CCGEM também atuou em torno do plano de trabalho, proposto pela Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep). A revisão do Manual de Fiscalização, incluindo as diretrizes de fiscalização de aterros de resíduos e lixões e ainda de condomínios edilícios, também foi abordada. O coordenador Éder Moreira destaca que a temática da ART Múltipla não é utilizada habitualmente pelos profissionais nesses projetos.

“Preparamos também uma proposta sobre a utilização do drone na Geologia e Engenharia de Minas. Seja para mapeamento geológico, para mapeamento de minas, seguindo a legislação da Anac. Também estamos buscando regulamentar a utilização no Confea. A Agrimensura usa os drones para medição de terreno e cadastro rural, mas todas as profissões estão utilizando. É muito importante para nós termos um levantamento detalhado e eficiente dos trabalhos que estão sendo realizados”, disse, destacando ainda que a coordenadoria encaminhará uma proposta para a modernização das placas de obras e serviços do Sistema Confea/Crea.

Rio Grande do Sul
A reunião foi marcada ainda por uma moção de solidariedade dos profissionais de Geologia e Engenharia de Minas para a população do Rio Grande do Sul, prejudicada pelas enchentes que devastaram o Estado desde o final de abril. “A gente entende que é hora de buscar soluções para estas comunidades que foram atingidas por esse desastre climático. De hoje a sexta-feira (24/5), estaremos com uma série de palestras para preparar os profissionais do Sistema Confea/Crea para nos ajudar em trabalhos nessas áreas. São voltadas tanto para os profissionais, como para as comunidades. Na quarta-feira, eu farei uma sensibilização das comunidades que habitam em áreas de riscos geológicos, tipo inundações e deslizamentos”, diz Éder Moreira.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Marck Castro/Confea