Brasília, 6 de junho de 2024.
Em ano pré-COP 30, o Confea intensifica sua agenda ambiental para fortalecer a atuação dos profissionais das engenharias, agronomia e geociências em questões relacionadas a sustentabilidade. A Comissão Temática de Meio Ambiente (CTMA) tem se destacado nesta frente, priorizando assuntos como mudanças climáticas, recursos naturais, ocupação territorial e desastres ambientais. “A comissão pretende ouvir profissionais e a sociedade para que o Confea possa se posicionar e defender essa posição na COP 30”, afirmou o eng. agr. Luiz Lucchesi no Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste 5 de junho.
As iniciativas da comissão levam em conta que 2023 foi o ano mais quente já registrado, com uma temperatura 1,45 grau Celsius acima dos níveis pré-industriais. E pelas previsões da Organização Meteorológica Mundial (OMM), pelo menos um dos próximos cinco anos provavelmente superará essa marca. A proposta da CTMA, portanto, é ter uma participação ativa na 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A intenção é demonstrar como as profissões de engenheiro, agrônomo e geocientista podem contribuir tecnicamente na preservação do meio ambiente e de vidas, executando projetos de interesse social e humano, com sustentabilidade, seja na construção de equipamentos urbanos, na projeção de meios de comunicação ou no desenvolvimento industrial. Ao harmonizar equilíbrio climático com progresso econômico em seus projetos, esses profissionais colaboram para conservação da biodiversidade e, ao mesmo tempo, ajudam na promoção de um crescimento econômico que assegure recursos naturais e bem-estar para as atuais e futuras gerações.
Ainda de acordo com o coordenador Lucchesi, a CTMA tem reforçado a articulação com outros setores para reforçar a importância da redução de danos ecológicos. “A comissão está dialogando com o poder público, iniciativa privada e o terceiro setor para que obras que dependem de licenciamento ambiental tenham sempre um profissional competente, exercendo a profissão no diagnóstico, planejamento e no acompanhamento da execução das obras, impedindo assim acidentes graves, como os que temos observado no Brasil, como deslizamentos, inundações, contaminação de águas e saneamento inadequado”, salienta Lucchesi.
Outras iniciativas da comissão incluem o aprimoramento da fiscalização do exercício profissional e a responsabilização dos envolvidos no licenciamento e execução de obras e serviços, evitando a atuação de leigos. A CTMA também busca estreitar relações com o setor educacional para adequar programas de graduação e educação continuada às demandas do país, com vistas a promover soluções tecnológicas sustentáveis como controle de poluição, gerenciamento eficiente de resíduos, pesquisa para aplicação de energias renováveis e práticas de construção ecológicas.
Instalada em abril para alinhar estratégias do Confea relativas ao tema meio ambiente, a CTMA terá sua próxima reunião em 19 de junho. Outros três encontros estão previstos até o fim do ano. Para outubro, está sendo negociada a realização de palestras e debates sobre o assunto durante a 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Salvador (BA). A expectativa é reunir profissionais e colher subsídios para posicionamento do Sistema Confea/Crea na COP 30, que será em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro de 2025.
Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea