Brasília, 2 de março de 2023.
A expertise e a representatividade do Colégio de Entidades Nacionais (Cden), bem como a sustentabilidade delas, foram destacadas pelo novo coordenador do colegiado, eng. agr. Kleber Santos, presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab) após sua aclamação durante o 12º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua nesta terça (28/2). Ao lado do presidente da Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), eng. mec. Waldimir Teles Filho, Kleber assume o Cden pela primeira vez, disposto a valorizar as 23 entidades do colegiado.
Ex-coordenador da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Agronomia (CCEAGRO) quatro vezes entre 2014 e 2019, além de conselheiro federal entre 2010 e 2012 e ainda ex-coordenador da Comissão de Articulação Institucional do Sistema (Cais), Kleber define o Cden como um colegiado “devidamente regulamentado”. Ele considera que o colegiado deve buscar a continuidade em termos de planejamento estratégico e aprimoramento de seu regimento e ainda a inovação, por meio da inserção internacional.
“Temos que fazer notas técnicas e definir os nossos posicionamentos, buscando a inserção internacional e a participação junto às grandes políticas públicas nacionais”, disse, antecipando uma expectativa anunciada pelo presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, no encerramento do Encontro. O convênio pioneiro construído entre a Confaeab, o Confea e a Sociedade Americana de Agronomia (ASA) para acreditação e certificação profissional é uma inspiração para a experiência à frente do Cden. “Outras modalidades estão buscando desenvolver convênios semelhantes, o que é muito bom para as entidades”, descreve Kleber.
Sustentabilidade
“A gente precisa de vocês para dar continuidade à gestão, vamos atuar preocupados com a estruturação e a sustentabilidade das entidades”, disse o novo coordenador adjunto do Cden. Waldimir Teles Filho considera necessário fomentar a busca por recursos diversos junto a todo o Sistema. Também destacando a importância da inserção internacional, o presidente da Fenemi enfatiza a necessidade de buscar a atualização da legislação e a ampliação do mercado de trabalho para os profissionais.
Para Teles, os subsídios técnicos potencializados pelas entidades devem ser compartilhados com essa busca por recursos “paralelamente à capacitação das entidades para aspectos como o planejamento executivo e a prestação de contas”. A participação do Cden na elaboração de editais de políticas de patrocínio também deverá ser uma preocupação do mandato, atendendo “quem faz muito na ponta da linha”.
Inserção e representação
Com elogios à gestão de seu predecessor, o presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), eng. civ. Vanderli Fava, Kleber considera que “as entidades têm uma expertise muito grande para contribuir para o Brasil, inclusive favorecendo em muito seu processo de inserção internacional, que será uma das nossas principais preocupações”. Citando suas atuações em áreas relacionadas à biodiversidade, entre outras, e enfatizando que essa participação em grandes fóruns internacionais deve ser mais do que apenas uma preocupação em compor missões, Kleber defende que temas relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas estejam entre os objetos de atenção das entidades.
Outra preocupação é a representação junto aos Grupos de Trabalho e Comissões Temáticas do Confea. “Há um preocupação com a regulamentação desses grupos com o entendimento de que esses colegiados podem ser consultados na indicação de especialistas. Claro que há uma certa discricionariedade dos conselheiros, mas temos que valorizar nossos especialistas e líderes de entidades que são a base do Sistema, buscando uma forma institucional de compor as coisas. Então, a gente precisa acompanhar junto à Gerência de Relacionamentos Institucionais para sermos consultados em questões debatidas em plenário”, comentou.
Apoio e identificação
Ao cumprimentar os representantes e lideranças das entidades nacionais, o vice-presidente do Confea, eng. eletric. Evânio Nicoleit, considerou que colocará sua experiência à frente da Cais para contribuir com as demandas do Cden. “Na Cais, todas as propostas são recebidas e tratadas, e poderemos dar essa orientação e encaminhamento, bem como entre todos os conselheiros federais. Contem conosco para levar adiante seus posicionamentos em nome do desenvolvimento da Engenharia, da Agronomia e das Geociências”, afirmou.
Evânio destacou ainda os debates mantidos durante o segundo dia do Encontro de Líderes com os deputados federais, senadores e representantes do Executivo. “Nossas demandas foram debatidas com os congressistas. As leis têm profundo impacto nas nossas entidades e precisam de muitos enfrentamentos, quando não chegarem a um consenso”, disse, destacando a necessidade do esforço de todos para obter esse alcance “de extrema relevância” e colocando o corpo funcional do Confea à disposição.
A conselheira federal eng. civ. Carmen Petraglia destacou sua identificação com as entidades. Lembrou pautas como a atualização da Lei 5.194/1966. “Nesse ponto, as entidades precisam atentar-se para a eleição direta para conselheiros regionais, o que impacta diretamente em vocês e sobre o que sou contra”. Ex-presidente da Associação dos Engenheiros Civis (Abenc-RJ), da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro (Seaerj) e de outras entidades, ela manifestou-se favorável ao repasse direto às entidades, também previsto na proposta de alteração da lei. “Temos que prever isso. O momento é agora”.
A reunião de instalação do Cden para o ano de 2023 contou ainda com as participações de lideranças como os conselheiros federais eng. civ. Daltro Pereira, eng. agr. Luiz Lucchesi, eng. agr. Francisco Lira, eng. agr. Andréa Brondani e eng. mec. Lucas Carneiro; o ex-presidente do Confea, eng. civ. Marcos Túlio de Melo; o presidente do Crea-MG, eng. civ. Lucio Borges; o presidente do Crea-ES, eng. agr. Jorge Silva; a presidente do Crea-DF, eng. civ. Fátima Có; e o presidente da Federação Brasileira dos Geólogos (Febrageo), Fábio Reis.
Foram definidas as seguintes reuniões ao longo do ano: 17 a 19 de maio, em Vitória (ES); 9 a 11 de agosto (durante a 78ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, em Gramado) e 27 a 29 de novembro, em Florianópolis (SC).
Os cinco comitês do Cden terão os seguintes representantes:
Comitê de Desenvolvimento Nacional
Membros: Febrageo, Anest, FNE, Fisenge, SindPFA, Confaeab, Abee e Abes
Coordenação: Febrageo
Coordenação adjunta: SindPFA
Comitê de Legislação Profissional
Membros: Febrae, Abremi, Abepro, Sbef, Fenemi, Confaeab, Febrageo
Coordenação: Febrae
Coordenação adjunta: Abremi
Comitê de Organização e Estruturação
Membros: Abee, Abes, Abenc, Fneas, Febrae, SindPFA, Sobes
Coordenação: Abee
Coordenação adjunta: Sobes
Comitê de Educação, Ética e Exercício Profissional
Membros: Fneas, Abeag, Sbef, Sobes, Ibape, Sbea, Abenge, Confaeab, Febrae, Sbmet, Abepro e Abenc
Coordenação: Abeag
Coordenação adjunta: Abepro
Comitê de Ciência, Tecnologia e Inovação
Membros: Abas, Anest, Abenge, Sbea, FNE, Abenc, Abremi, Abee, Confaeab e Fenemi
Coordenação: Abremi
Coordenação adjunta: Sbea
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Acervo Confea