Brasília, 20 de maio de 2024.
Em sua segunda reunião ordinária do ano, realizada de 15 a 17 de maio, no Rio de Janeiro, o Colégio de Entidades Nacionais – Cden aprovou proposta da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeb) para ampliar a participação do colegiado junto à Comissão Temática de Harmonização Interconselhos (CTHI). A intenção é que, a cada reunião da Comissão, seja convidado um membro do colegiado, em conformidade com as principais temáticas a serem discutidas. A presidente da Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), eng. Adriana Tonini, participa da CTHI como especialista convidada do Confea.
“Foi uma boa reunião, em que aprovamos essa busca de maior participação do Cden junto à CTHI. Foram também discutidos e aprovados importantes temas para o Sistema, como por exemplo, a criação de grupo de trabalho preparatório para a COP 29 , que será realizado em Baku - Azerbaijão e COP 30, em Belém do Pará, onde o Cden, Confea e os Creas não devem ser meros espectadores e sim ter participação efetiva com palestras, workshops, seminários etc. Contamos com a participação do presidente do Confea, eng. Vinicius Marchese, que nos ouviu sobre esse pleito e sobre outros relacionados aos editais de patrocínio. Também levamos à aprovação a realização de missões do Cden em simpósios e congressos nacionais e internacionais, cuja representação das entidades se mostra imprescindível para mostrarmos o ponto de vista técnico do Sistema Confea/Crea e Mútua, além do aperfeiçoamento profissional, por meio das representações das entidades de classe”, considerou o coordenador do Cden, eng. Hideraldo Gomes.
Mas o tema levantado pela Confaeab dominou os debates. “Temos visto pessoas de nível médio apresentando serviços, atividades para as quais nós nos formamos. Nossa imagem no exterior é de que a nossa formação está mais banalizada. Assim, nós nos sentimos quando não atuamos de fato na valorização de um profissional que se empenha em se formar e na hora de prestar o serviço é tratado com banalidade. Nós trabalhamos a mudança climática sem citá-la, transformando áreas desertas ou outras. Nós trabalhamos com a entrega de produtos de qualidade”, destacou a representante da entidade, eng. Ana Paula de Farias.
Presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc), o engenheiro Francisco Ladaga considerou que todas as profissões são atingidas. “Temos que fazer uma coisa para todos os profissionais”, disse, defendendo a ideia de solicitar convites para o Cden, conforme a temática específica a ser debatida à cada reunião da CTHI.
Outros representantes, como o meteorologista Lúcio de Souza, da Sociedade Brasileira de Meteorologia – SBMET, manifestaram-se a favor da proposta. “A Sociedade Brasileira de Geofísica quer exclusividade para tratar sobre o clima”, informou. Já o eng. Glauco Cortez, representante da Associação Brasileira de Engenharia Agrícola (Sbea), fez ponderações a respeito da atuação do Conselho Federal de Biologia.
Presente à reunião, o coordenador da CTHI, conselheiro federal eng. Luiz Lucchesi manifestou apoio ao encaminhamento.
Presidentes e Soea
Presidente do Crea-ES, o eng. Jorge Silva comentou que representa o Colégio de Presidentes na comissão da COP-30. “É importante que o Cden também faça parte dessa organização. É a primeira vez que teremos esse evento. As questões climáticas são multidisciplinares. As atribuições profissionais são dadas pela formação profissional, diante da pulverização de profissões, hoje são cerca de 270 títulos no Sistema. Se você tem uma determinada formação, se você estudou, você tem atribuição profissional”, disse, cumprimentando as lideranças e representantes das entidades.
“No Rio de Janeiro, temos traçado uma estratégia de comunicação para a valorização profissional. Para esse reconhecimento acontecer, temos que atingir a sociedade”, comentou o presidente do Crea-RJ, eng. Miguel Fernández. “Ao invés de ficar batendo cabeça quanto à ementa da atribuição, podemos avançar na certificação. Isso pode ser colocado como diferencial. Eu me proponho a levar isso para o Confea”, acrescentou, defendendo a união da Engenharia em torno da recuperação do Rio Grande do Sul. “Vai ser necessário um grande movimento do nosso setor por meio do protagonismo do Sistema Confea/Crea”, disse.
A participação na 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), a ser realizada de 7 a 10 de outubro, em Salvador, foi discutida pelo eng. Ricardo Nascimento, representante da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas - ABEE e do Cden na Comissão Organizadora Nacional – ConSoea. “Nós vamos ter um estande do Cden e um estande dos Creas. Nos estandes do Cden, todas as entidades podem expor seus materiais de divulgação e suas mensagens para os profissionais”, disse, apresentando também a dinâmica das salas de reuniões. “A reunião da entidade é livre. Ela faz a divulgação do que ela quiser naquele dia e horário. A gente pede para não fazer em cima da hora os documentos que estarão à disposição no Cden”, acrescentou.
Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: Fabiana Batista/Confea