Smart Grid possibilitará melhorias ao fornecimento de energia elétrica

Foz do Iguaçu, 1º de setembro de 2016

O processo que intensifica a automação no segmento de energia elétrica, também conhecido como Smart Grid, deverá estar inteiramente implantado até 2025 na Companhia de Energia Elétrica do Paraná, informou, ontem à tarde, o superintendente da área de Engenharia da Distribuição da Copel, Júlio Shigeaki Omari. Segundo ele, o Smard Grid trará uma série de melhorias aos serviços oferecidos pela companhia, incluindo mais eficiência e segurança no fornecimento de energia. 

Em palestra proferida na 73ª Soea, Omari explicou que o novo sistema foi implantado, inicialmente, nos Estados Unidos, em 2007. “A Copel já implantou 50% do que prevê esse conceito, isso a partir de 2009. O Brasil, como um todo, na verdade está apenas engatinhando nesse processo”, disse, acrescentando que o smart grid possibilita, ainda, a redução na ordem de 30% das perdas de energia e facilita a produção de energia eólica e solar pelos próprios consumidores.

Já o engenheiro eletricista Sinésio Barberini fez exposição sobre o Projeto Puma, uma iniciativa da empresa Klabin S.A., com 117 anos de existência e inteiramente nacional, localizada em Ortigueira, Paraná. O projeto, adiantou o palestrante, possibilita a produção de papel através da utilização de celulose de fibra longa e curta.

Na fibra curta é utilizado de eucalipto, o que dá maior macieza ao papel. Já a fibra longa, feita a partir da madeira do pinus, possibilita resistência ao papel, informou Sinésio Barberini, garantindo que a Klabin tem preocupação com o reflorestamento e pratica o manejo ambiental correto. “O Projeto Puma é focado no princípio da sustentabilidade, na eficiência energética e no bem-estar social”, frisou, esclarecendo que a produção de celulose foi iniciada em março deste ano.

A importância da implantação das pequenas centrais hidroelétricas para o Brasil foi o tema apresentado pelo engenheiro eletricista e consultor de projeto de energia renovável Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni. “A construção de 770 pequenas hidroelétricas, que poderiam produzir 10 MW, foi boicotada no país”, afirmou, comentando que isso aconteceu devido às exigências “ilegais” formuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, ainda, pela falta de pessoal nos órgãos ambientais encarregados do licenciamento. Exigências não isonômicas e de garantias de financiamento, tais como contratos de venda da energia com dez anos de vigência pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), também inviabilizaram essas obras, apontou.

Mozarly Almeida
Equipe de Comunicação da 73ª Soea