Segurança do trabalho avança nas empresas

Brasília, 22 de janeiro de 2007

O aumento das exigências legais e da preocupação das empresas em reduzir custos e evitar abalos de imagem provocados por acidentes, como o desabamento ocorrido nas obras de construção da Linha 4 do metrô da capital paulista, tem consolidado a importância da atuação de engenheiros e técnicos especializados em segurança do trabalho na construção civil, levando à regulamentação das atividades e ao surgimento de novos cursos. As iniciativas têm gerado avanços: nos últimos dez anos, o número de mortes na construção civil caiu de 138 para sete, no estado de São Paulo, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon). Atualmente, existem 33 normas voltadas à segurança no trabalho.

Graças a uma resolução promulgada pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), em dezembro do ano passado, a atividade de Engenharia de Segurança do Trabalho, recebeu um acréscimo de atribuição profissional, passando de especialização a modalidade. A mudança originou as Câmaras de Engenharia de Segurança, criadas pelos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), para analisar e fiscalizar o exercício legal da profissão. “Elas foram criadas para analisar a legalidade e o mau exercício da profissão, a partir de denúncias de desvio de conduta previstas em nosso código de ética. Podemos aplicar desde advertências até o cancelamento do registro, por negligência, imprudência ou imperícia, por gravidade ou reincidência do profissional. Também iremos combater o exercício da atividade por leigos e as responsabilidades podem ser imputadas nas esferas civil, criminal e trabalhista”, afirma José Tadeu da Silva, presidente do Crea-SP.

Fonte: DCI (Diário do Comércio, Indústria e Serviços)