Sede do Confea ganha nome e homenageia Francisco Saturnino Rodrigues de Brito Filho

Brasília, 19 de abril de 2016

"Descerramento da placa que denomina o edifício do Confea"

Na mesma calçada, poucos metros separam a antiga da nova sede do Confea, em Brasília. Inaugurado em 2010, quando passou a abrigar as atividades e as cerca das 200 pessoas que trabalham na entidade, o novo prédio se destaca no tempo, no espaço, na arquitetura, e a partir desta terça-feira (19/4), passará a ser conhecido como Edifício Francisco Saturnino Rodrigues de Brito Filho.

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"Presidente do Confea apresenta o novo nome do prédio do Confea"

Ao concentrar em Saturnino Brito Filho a homenagem aos grandes profissionais da engenharia ligados ao Sistema Confea/Crea e Mútua, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva descerrou a placa que registra o novo nome do prédio. Na cerimônia realizada na tarde de 19 de abril - que reuniu conselheiros federais e gerentes de fiscalização de todo o país –, José Tadeu lembrou que Saturnino Brito Filho é um dos responsáveis diretos pela regulamentação profissional. “Associativista, cooperativista, o professor Saturnino Brito Filho representa todos os profissionais do Sistema”. A homenagem é, para o presidente do Confea, “o reconhecimento do Sistema Confea/Crea e Mútua pelo trabalho e atuação de Saturno Filho, tanto nos projetos de saneamento que desenvolveu para diversas cidades brasileiras, quanto por sua atuação na valorização dos nossos profissionais contribuindo para a elaboração de leis, decretos e resoluções que beneficiaram a área tecnológica nacional”.

Biografia

Francisco Saturnino Rodrigues de Brito Filho nasceu em 7 de agosto de 1899, na cidade de Campos (RJ), e faleceu em 1º de agosto de 1977, também no Rio de Janeiro.

Engenheiro civil e de minas formado pela Escola de Minas, de Ouro Preto, Saturnino Filho exerceu a profissão em defesa das propostas de interesse da classe e da engenharia, com vistas a acompanhar o progresso tecnológico e a evolução do ensino e da pesquisa.

Com conhecimento e competência, contribuiu de modo direto para a regulamentação profissional e reformulação do Decreto Federal nº 23.569/33, e na edição da Lei Federal nº 5.194/66, da Resolução nº 205/71, que adotou o Código de Ética Profissional e na elaboração da Lei Federal nº 6.496/77, que instituiu a ART e criou a Caixa de Assistência aos Profissionais do Crea (Mútua). Estava sempre presente em comissões de estudos relacionados às reivindicações profissionais. Destacou-se, por exemplo, no grupo de trabalho instituído pelo presidente da República, em 1967, para estudar e propor ao Governo Federal medidas para a definição de uma política tecnológica destinada a promover o desenvolvimento da engenharia brasileira.

Nas entidades de classe, assumiu cargos de liderança, inclusive com expressividade no exterior. Foi presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae) e da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi), tendo trabalhado ativamente na fundação dessas duas últimas instituições.

Ao longo da carreira, dedicou-se a projetos de saneamento trabalhando até 1929 com o pai – o renomado engenheiro civil e patrono da Engenharia Sanitária no Brasil, Saturnino Brito (1864 – 1929). Nesta época, desenvolveu obras de sistema de água e esgotos em Salvador (BA) e Teófilo Ottoni (MG). Em tantas outras cidades brasileiras, como Brasília, Fortaleza, Poços de Caldas, João Pessoa, Maceió, Natal, Campos, Campina Grande e Manaus, Saturnino Filho projetou e dirigiu obras de salubridade.

O notório conhecimento de Saturnino foi estendido ao meio acadêmico, enquanto professor da cadeira de Higiene e Saneamento das Cidades, na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil. Também foi membro de comissões examinadoras para preenchimento de cátedras de Hidráulica e de Higiene e Saneamento em diversas escolas de Engenharia. Sua contribuição profissional foi registrada em livros técnicos em defesa de projetos de higiotécnica e urbanismo, tratamento de águas para uso potável e engenharia contra inundações. 

Por toda representatividade dentro e fora do Brasil e pelo trabalho em favor da regulamentação do exercício profissional, Saturnino Filho foi homenageado em 1977 com registro no Livro de Ouro do Sistema Confea/Crea.

Fernanda Pimentel, Julianna Curado e Maria Helena de Carvalho
Equipe de Comunicação do Confea
Com informações de Febrae, Upadi e Repositório da UFPE