Com a sala Tamarindo, do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, lotada, o ten. cor. eng. civ. Washington Luke ministrou, no início da tarde desta quarta-feira (22), a palestra Plataforma BIM (da sigla em inglês para Building Information Modelling). Em sua fala, o assessor especial do Escritório de Gestão de Riscos e Controle Interno do Departamento de Engenharia do Exército Brasileiro apresentou a motivação para utilização do BIM; seus conceitos e aplicações; os principais benefícios da plataforma; ações para disseminação no Brasil; e ainda falou sobre a utilização do BIM pelo Exército.
De acordo com Luke, o BIM serve para antecipar cenários, verificando a inconsistência de projetos a partir da simulação de construções antes de seu início. “Hoje, ao contrário, se delega muita coisa para a hora da construção, o que causa erros. O BIM cria a condição de simulação, o que permite verificar se é possível realizar a obra dentro do custo e do prazo estipulados”, ressaltou. O palestrante ainda destacou que, com a utilização da tecnologia, a construção civil pode crescer no Brasil. “Se metade das empresas adotarem o BIM, na próxima década, projeta-se que a economia da construção civil brasileira cresça 7%. Essa é uma das motivações do governo para incentivar o uso do BIM por todo mundo”, afirmou, frisando que, atualmente, menos de 10% das empresas brasileiras utilizam a Plataforma.
Implantação da Tecnologia BIM no Brasil foi exatamente o tema da mesa-redonda realizada como parte na programação do Congresso Técnico-Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc 2018), que acontece concomitantemente à 75ª Soea, na mesma sala, logo após a palestra que apresentou a Plataforma. A discussão foi encabeçada pelo ten. cor. eng. fort. const. Adriano Dutra de Vasconcelos e pelo eng. civ. Evandro José de Vasconcelos Silva; e mediada pelo eng. civ. José Martins. O debate manteve a sala Tamarindo cheia de profissionais e estudantes da área tecnológica.
Na ocasião, Adriano Dutra destacou a importância da implantação da ferramenta no Brasil. “O BIM traz diversos benefícios para o setor da construção civil, como aumento na produtividade, melhoria da qualidade, além da redução de termos aditivos ao contrato e de erros durante a obra”, pontuou. Já Evandro José avaliou o atual cenário brasileiro em relação à Plataforma BIM. “Os fabricantes brasileiros estão se movimentando. A ideia é avaliar qual o real custo das obras, para que possamos vender com um preço mais competitivo, especialmente no atual cenário de crise”, defendeu. O mediador José Martins, por sua vez, ressaltou que o principal desafio para implantação da tecnologia no Brasil é difundi-la de maneira correta. “Muitos acreditam que o BIM é apenas manipulação de software, sendo que, na verdade, é conceito e trabalho colaborativo”.
Reportagem: Brunno Falcão (Crea-GO)
Edição: Julianna Curado (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 75ª Soea
Fotos: Art Imagem Fotografias
