Presidente do Confea fala dos projetos do Conselho em Angola

Brasília, quarta-feira, 29 de outubro de 2003. A atual situação do ensino de engenharia no Brasil, sua relação com as profissões e os projetos do Confea dentro de uma cenarização de futuro, foram os enfoques da palestra do presidente do Confea, eng. Wilson Lang, na abertura do V Encontro de Engenheiros de Língua Portuguesa e do Seminário Internacional de Infra-estrutura e Saneamento Básico de Angola, realizados naquela cidade nos dias 27 e 28 de outubro. No primeiro dia do evento os temas em pauta foram a cooperação para o desenvolvimento tecnológico e o ensino de engenharia.Além do presidente do Confea, o evento contou com a participação dos Primeiros Ministros de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, e de Portugal, José Manuel Durão Barroso, além do embaixador do Brasil em Angola, José D`Escragnolle Taunay Filho, Reitor da Universidade Agostinho Neto, professor Sebastião Teta e os presidentes das Ordens de Engenheiros de Portugal, Francisco Souza Soares, de Angola, José Dias.Pelo Brasil ainda participaram os conferencistas: José Rincon Ferreira, do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC); eng. Oswaldo Serrano de Oliveira, Gerente de Acordos Internacionais da Caixa Econômica Federal (CEF); conselheiro federal Paulo Amaro Nascimento Filho e a gerente de relações institucionais do Confea, enga. Carmem Eleonôra.Durante a abertura do evento a Ordem dos Engenheiros de Portugal entregou ao Governo de Angola uma cópia em modelo reduzido de uma ponte de Angola projetada e construída pelo eng. português Edgar Cardoso.O segundo dia do Encontro foi dedicado inteiramente a reabilitação da infra-estrutura e saneamento, os dois principais problemas de Angola, que recém saiu de uma guerra civil que se prolongou por mais de 30 anos.Avaliação - "Além dos aspectos envolvendo a clara percepção da necessidade de ampliar a permuta de informações tecnológica entre os países presentes e a necessidade do contínuo aperfeiçoamento do ensino de engenharia, como instrumento de desenvolvimento das inovações, o evento serviu para uma referência a chamada Declaração de Bolonha, que pretende reformular o ensino de engenharia nos países da Comunidade Européia", informou por telefone o presidente do Confea".Na avaliação de Wilson Lang ficou explícito o entendimento, por parte das autoridades de Angola, de todos os vetores intervenientes para a reinserção daquele país no processo de desenvolvimento e melhoria das condições de vida de seu povo.Ele informou ainda que foi destaque no evento o esclarecimento feito por diversos agentes financeiros como o Banco da África e o Banco de Fomento de Angola, entre outros, sobre os mecanismos que podem ser acionados para alavancar recursos neste processo de reconstrução nacional. "Todos os agentes financeiros reclamaram da ausência de projetos adequados, e portanto a necessidade da interveniência dos profissionais de engenharia, neste esforço de construção de alternativas viáveis para sustentar o desenvolvimento de Angola", contou.Na avaliação de Lang Angola é um celeiro de oportunidades para um número muito grande de áreas profissionais. Ele salientou ainda que acredita que este espaço, no que se refere a área tecnológica, pode e deve ser ocupado por profissionais brasileiros que contam com a vantagem competitiva do idioma comum. "Vários países do mundo estão aqui procurando oportunidades", disse. A partir de hoje (29/10) o presidente do Confea será recebido por instituições de ensino superior e autoridades educacionais, quando apresentará o Programa de Educação Continuada do Confea e suas respectivas ações. Também será oportunizada a apresentação de um sistema de desminagem terrestre desenvolvido por engenheiros brasileiros. Bety Rita Ramos - Da equipe da ACS