Brasília, 10 de julho de 2017.
Para o bastonário da Ordem dos Engenheiros Técnicos de Portugal, a Engenharia precisa se preocupar com as pessoas que morrem em trabalho. “Não podemos ficar fazendo de conta que não houve nada. Decidimos reunir todos os países para dar uma ênfase, assumindo que existe um problema que é o das pessoas que morrem em obras. E encontramos uma receptividade muito grande para integrar os países com língua portuguesa e despertando os demais países para contribuir para melhorar a sociedade. Não pode se continuar a morrer em obras”, disse, em entrevista à rádio do Crea-RJ.
Com sede em Lisboa, a associação verá seu primeiro congresso ser realizado ano que vem no arquipélago de Cabo Verde. Na visão do presidente do Confea, a fundação da associação “representa uma união muito importante em torno desta categoria que tem uma missão muito importante, preservar as pessoas, prevenir, enfim, proteger a sociedade, o trabalhador. Não poderíamos deixar de participar dessa associação que reúne profissionais com notório saber na área de segurança do trabalho. O Confea parabeniza a Ordem dos Engenheiros Técnicos de Portugal. Estamos dando total apoio a esta associação”.
Ainda durante seu depoimento à Rádio Crea-JR, o presidente do Confea destacou, entre os avanços obtidos nos últimos anos, a discussão que fez frente ao movimento para desregulamentar a profissão. “Houve ações na justiça para devolvermos os recursos das ARTs. E também se questionou a lei 12.514, que estabelece as anuidades para o Sistema Confea/Crea e os demais 28 conselhos de profissões regulamentadas. O Confea encabeçou essa luta, que depois de uma década de ações, culminou no STF. E fomos vencedores por 9 a 2, validando a nossa lei da ART e validando as anuidades dos conselhos. Foi uma vitória muito grande que veio proteger e garantir a existência do nosso Sistema Confea/Crea e Mútua”.
Associação: sonho que se torna realidade
Por aclamação, o presidente da Associação de Engenharia de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho dos Países de Língua Portuguesa- AESHSTPL será o presidente da Academia Brasileira de Engenharia de Segurança do Trabalho, eng. ind. mec. e eng. seg. trab. Evaldo Valladão. Organizadora do Congresso, ao lado do Clube de Engenharia do Brasil, da Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança e da Escola Superior de Tecnologia da Saúde, do Instituto Politécnico Coimbra, a Academia foi uma das maiores incentivadoras da criação da nova entidade.
Valladão considera que foi possível fortalecer o congresso. “Mais que isso, com o apoio do presidente José Tadeu e do mundo de língua portuguesa como um todo estamos conseguindo um reconhecimento mútuo, o que vai abrir um mercado, só falta a certificadora. Meu sonho está se realizando. É possível realizarmos. Nós engenheiros brasileiros, se nós nos unirmos, somos uma força muito grande”, diz, informando que a a nova associação contará ainda com o vice-presidente da Ordem dos Engenheiros Técnicos de Portugal, Antônio Lousada, como vice-presidente e, em sua diretoria, o ex-presidente do Confea e da Sobes, Jaques Sherique, ex-vice-presidente do Confea e ex-presidente Sobes; Luiz Alexandre Mosca Cunha, coordenador nacional das câmaras de Engenharia de Segurança e conselheiro do Crea-RJ; e a engenheira portuguesa Isabel Santos.
Equipe de Comunicação do Confea