Brasília, 1º de agosto de 2024
Em um cenário onde a sustentabilidade se torna cada vez mais crucial para o desenvolvimento urbano, a engenheira ambiental Maria Constantino, gerente de ESG no TIC Trens, compartilha sua visão sobre o papel vital da engenharia ambiental nas cidades inteligentes. Durante a entrevista, realizada após os recentes fóruns de políticas públicas do Crea-SP, que abordaram temas como cidades inteligentes, florestas urbanas e mudanças climáticas, Maria enfatizou a importância da sustentabilidade integrada ao desenvolvimento urbano.
"A sociedade tem passado por uma transformação significativa, especialmente após 2020, quando o Banco Central começou a exigir uma produção mais limpa das empresas, influenciado pelo mercado financeiro internacional", explica Maria. Essa mudança impacta diretamente o papel do engenheiro ambiental, que se torna fundamental em diversos setores, desde o turismo e a mobilidade urbana até a indústria e o sistema financeiro.
Maria ressalta que todos os produtos consumidos originam-se de recursos naturais, que são finitos. "Precisamos criar soluções de economia circular em todos os setores para preservar esses recursos", afirma. Ela acredita que a promoção da economia circular tem ganhado impulso desde 2020, com investimentos sendo direcionados a empresas que operam de maneira transparente e sustentável.
Especialista em mobilidade urbana, Maria está à frente do TIC Trens, um projeto pioneiro em São Paulo que promove o transporte de média velocidade entre São Paulo e Campinas. "Este projeto é um exemplo de como a engenharia ambiental contribui para soluções inovadoras em mobilidade, oferecendo transporte mais acessível e de qualidade, e pode ser um modelo para todo o Brasil", destaca.
A entrevistada também menciona a importância das florestas urbanas e a necessidade de os engenheiros ambientais atuarem tanto no campo quanto nos meios urbanos para aumentar a resiliência das cidades. "Cidade inteligente é uma cidade sustentável, que se adapta e responde às mudanças, e isso requer uma revisão completa dos nossos padrões de produção e consumo", conclui Maria.
Segundo Maria, a colaboração entre engenheiros ambientais e de produção é essencial para essa transformação, destacando a sinergia entre essas especialidades para alcançar uma urbanização que respeite os limites do ambiente. Esta abordagem não apenas promove uma melhor qualidade de vida urbana, mas também garante um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
Gabriela Arruda
Equipe de Comunicação do Confea