Novo conselheiro por Goiás quer ART Nacional, acervo técnico e dinamismo

Brasília, 23 de janeiro de 2024

Entusiasta do sistema elétrico nacional, o engenheiro eletricista Célio de Oliveira, eleito para representar Goiás no Plenário do Confea no triênio 2024-2026, é apaixonado pela Engenharia. “Logo no começo entendi o que era Crea e Confea, os Conselhos onde você registra sua vida profissional. No primeiro ano eu já tinha o começo do meu acervo técnico”, diz Célio em um de seus vídeos de campanha para conselheiro federal.

conselheiro Célio

Entre suas prioridades como conselheiro federal, estão a ART Nacional, a defesa das empresas, a retomada do protagonismo da Engenharia e a campanha pela valorização do acervo técnico. Com 76 anos, Célio fez questão de compor chapa com Flávio de Souza Fernandes, profissional mais de 30 anos mais jovem, para adicionar dinamismo à equipe. Natural de Araguari (MG), Célio foi criado em Anápolis (GO) e vive em Goiânia desde os tempos da faculdade. Confira a entrevista para mais detalhes:


Site do Confea:  O senhor foi escolhido nas eleições de 2023, marcadas pelo avanço na representatividade dos profissionais registrados, com participação recorde de 19,17% do total de um universo de 739.428 habilitados para exercer o direito de voto. Como o senhor avalia essa participação e essa tendência de crescimento do interesse no pleito eletrônico?

Esse modelo de eleição foi uma mudança positiva para o Sistema, um avanço. Inclusive, motivou minha participação. Com a eleição pela internet, você tira aqueles grupos que dominavam o Sistema, ela amplia; veio para ficar e para ser melhorada. Somos uma área de tecnologia. Todos os avanços da tecnologia têm que ser utilizados. Os profissionais sentiram como foi fácil votar, nos assustamos com a velocidade, o programa não teve questionamento.

Site do Confea: Fale da importância de representar a modalidade Elétrica de Engenharia no plenário federal?

Tenho uma empresa na área de construção, sou engenheiro eletricista, nosso setor empresarial, que vou buscar representar, no Crea representei o Clube de Engenharia, vou buscar representar o setor empresarial. Quero buscar a ART Nacional, isso é uma das coisas que quero buscar. Vou defender que o dinheiro do Sistema vá para as entidades. Fui conselheiro federal suplente há 36 anos. Roberto Craveiro Curado era o titular.

sou um cara muito grato à Engenharia

Site do Confea: Qual foi a motivação para formar chapa com o eng. eletric. Flávio de Souza Fernandes, seu suplente?

Acredito muito nessa dobradinha, tenho 76 anos, ele tem 39 ou 40. Vai ser a combinação da minha experiência com o dinamismo dele. Vai ser bacana esse trabalho conjunto.

Site do Confea:  Quais os principais compromissos assumidos diante dos profissionais e que serão suas metas neste mandato?

Além da ART Nacional, um dos pilares do meu projeto é a valorização do engenheiro, mas não só através do piso salarial, mas também criando alternativas de retomar o protagonismo dos engenheiros. Nós somos mesmos os geradores de riqueza deste país e muitas vezes nossa opinião não é ouvida. O Sistema fiscaliza muito o profissional, e os não-profissionais e as empresas que vêm de fora não são fiscalizados. São avanços que precisamos ter.

Site do Confea: E quais são as expectativas quanto ao trâmite dessas prioridades na rotina de trabalhos no Confea? Quais esforços o senhor irá empregar para emplacar esses projetos?

O Sistema é muito jurídico, tem muito processo, parecemos até mais advogados do que engenheiros. Tenho certeza que se eu procurar fazer muita coisa ao mesmo tempo, não terei sucesso. Focarei muito na ART Nacional.

Site do Confea: Como o senhor tem acompanhado a atuação do Sistema Confea/Crea e Mútua nos últimos anos? Que programas e atividades o senhor acredita estarem na direção correta e quais o senhor percebe que possam ser aperfeiçoados com sua contribuição?

O grande mérito é a proteção da nossa atividade profissional, as diretorias foram combatentes, não deixaram nossa profissão desprotegidas, o crescimento da Mútua foi muito importante, tem que fazer parte da vida dos nossos profissionais.

Nós exportamos nossa Engenharia para o mundo todo.

Site do Confea: As áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências têm questões fundamentais tramitando no Legislativo e Executivo; por isso, nos últimos anos, a interlocução do Sistema Confea/Crea e Mútua com esses Poderes tem sido refinada. Como o senhor pretende atuar diretamente nesta frente?

Participando da Cais (Comissão de Articulação Institucional do Sistema), pedi para ser colocado lá, quero trabalhar muito nessa área.

Site do Confea: No final de seu mandato de conselheiro, qual marca pretende deixar para os profissionais e para o Sistema?

Na área de acervo técnico. Eu gostaria de ensinar os profissionais de que tudo o que eles registrarem no Sistema eles terão um acervo técnico, uma escritura e que isso tem valor por anos e anos, que os profissionais deem mais valor a seu acervo técnico.

Site do Confea: O que, na sua história de vida, o fez optar por sua especialidade?

Eu tinha um primo que era engenheiro eletrônico, ele foi um exemplo para mim. Tudo o que construí na vida foi através da Engenharia, sou um cara muito grato à Engenharia. Tenho dois filhos, os dois são engenheiros (um civil e uma eletricista).

Site do Confea: Passamos por apagões de energia por todo o país ao longo dos últimos meses. Há esperança para o brasileiro de que uma solução está por vir? O que está acontecendo com a Engenharia Elétrica nacional?

Tenho uma visão: nós temos um dos melhores sistemas do mundo – temos um apagão e em pouco tempo conseguimos recuperar. Nosso sistema é extremamente confiável. Problema o mundo inteiro tem. A Engenharia brasileira tem capacidade de recuperação fantástica. O nosso sistema é forte, bem controlado e às vezes até esse protagonismo da explicação técnica é importante para as pessoas entenderem, mas a demanda por energia está aumentando... Eu sou um entusiasta do nosso sistema. Nós exportamos nossa Engenharia para o mundo todo.

Beatriz Leal
Equipe de Comunicação do Confea