Painel aponta desafios e perspectivas para a formação profissional

Palmas (TO), 19 de setembro de 2019

“Formação profissional” foi a temática que norteou os debates do painel com palestras do professor e escritor, eng. Enio Padilha e do presidente do Crea-PR, eng. civ. Ricardo Rocha de Oliveira, com moderação do eng. agr. Luiz Antônio Lucchesi, coordenador da CEAP, Comissão de Educação e Atribuição profissional do Confea. O evento integrou a programação da 76ª Soea, nesta quarta-feira (18), em Palmas (TO).

Ênio Padilha falou sobre a “Importância estratégica da formação de engenheiros e agrônomos para o progresso do País”. Ele conceituou “estratégia” como caminho para se atingir determinado objetivo. “É a forma como se conduz o processo com base nos valores, princípios e crenças. Não se relaciona com as ações, metas e objetivos”.

Enio Padilha – “O Brasil precisa voltar o ensino para a ciência e tecnologia”

Para o palestrante, a qualidade da engenharia fará a diferença o Brasil avançar, a exemplo de inúmeros países e impérios que, ao longo da história, conseguiram dominar determinada tecnologia e se sobrepor às outras nações. “O Brasil precisa voltar o ensino para o tema ciência e tecnologia”, pontou.

Movimento estratégico
Disse que os engenheiros e agrônomos formados farão parte do 0,5% da população que entende e compreende ciência, tecnologia, pesquisa e inovação. “Este é o movimento estratégico que precisamos para conduzir este processo de mudança. A responsabilidade é nossa como profissionais do Sistema”.

Para Padilha é necessário sintonizar o discurso para incorporar todos os operadores da engenharia num “Programa Sustentável de Desenvolvimento do Brasil”: representantes do Conselho e entidades de classe, coordenadores e professores, pesquisadores e empresários. “Se o Sistema assumir esta responsabilidade teremos uma engenharia fortalecida e um país melhor e mais sustentável”, concluiu.

Interação
Já o presidente do CREA-PR, enc. civil Ricardo Rocha de Oliveira, fez uma análise histórica e dos desafios futuros para a formação nas engenharias e na inserção e trajetória profissional. Afirmou que a demanda por formação precisa acompanhar a demanda do mercado e que o Sistema e as instituições de ensino precisam interagir visando mudanças mais efetivas.

Presidente Ricardo Rocha de Oliveira – “Demanda por formação precisa acompanhar demanda do mercado”

Citou ainda a expansão dos cursos de engenharia a partir de 1996, com a mudança da Lei de Diretrizes e Base (LDB), que flexibilizou os currículos mínimos e as definições de cargas horárias dos cursos de engenharia, como desafio à concessão de atribuições profissionais pelo Sistema. Fato que levou o Confea à publicação de inúmeras resoluções, entre elas, a Resolução nº 1010/2005 que, mesmo não implementada, abriu caminhos para a Resolução nº 1.073/2016.

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Reportagem: Adriano Comin (Crea-SC)
Edição: Henrique Nunes (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 76º Soea

Fotos: Damasceno Fotografias/Confea