Confea analisa parcerias com Unyleya

Brasília, 7 de fevereiro de 2018.

"Vice-presidente do Confea, Edson Delgado, comentou aos representantes da Unyleya que a posição do Sistema é contrária ao EaD"

O Confea pretende analisar as propostas encaminhadas pela Faculdade Leya (Unyleya), visando à promoção de parcerias com o Sistema, oferecendo como contrapartida o estudo das grades curriculares dos cursos de graduação e pós-graduação da entidade. Em reunião mantida na tarde desta terça (5), representantes das entidades discutiram temas como o ensino a distância, ficando evidenciado o posicionamento contrário à modalidade.

“Hoje, a posição do Confea é contra o EaD, principalmente na graduação. Estamos abertos ao diálogo, mas temos restrições para que esses cursos de engenharia sejam promovidos dessa maneira. Em muitos casos, a gente entende que há mais mercantilismo do que preocupação com a sociedade. Temos que ter controles, como possivelmente as provas de proficiência”, destacou o vice-presidente do Confea, eng. Eletric. Edson Delgado, em posicionamento corroborado pelo presidente da Associação Brasiliense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Abraest), Denílson Rodrigues Santana, e da assessora da presidência do Confea, eng. eletric. e eng. seg. trab. Fabyola Resende, além do presidente e do vice-presidente da Federação Nacional de Engenharia Mecânica e Industrial (Fenemi), respectivamente, Marco Aurélio Candia Braga e Gutenberg Rios.

Edson Delgado se referia explicitamente às pós-graduações EaD da faculdade em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Engenharia de Produção, em processo de autorização pelo ministério da Educação. “Engenharia de Segurança do Trabalho envolve vida. Muitos conhecimentos dependem da prática. Estamos lidando diretamente com a vida e a saúde do trabalhador. A disciplina Higiene Ocupacional, por exemplo, exige prática pois é onde o aluno aprende a lidar com situações de insalubridade e periculosidade no trabalho. Outra situação preocupante é a que envolve os Primeiros Socorros. É fundamental que o engenheiro de Segurança do Trabalho tenha o mínimo de conhecimento prático para prestar atendimento no caso de acidente do trabalho, como intoxicação, queimaduras, feridas etc. É um conhecimento prático que pode significar a diferença entre a vida e a morte. Essa é a nossa maior preocupação, a defesa do trabalhador, do empregador e da sociedade”, considerou a eng. seg. trab. Fabyola Resende.

Pela Unyleya, participaram da reunião o coordenador de pós-graduação, Eduardo Cobre, a gerente comercial Juliana Rocha e o supervisor comercial João Quinalha. Destacando ainda a possibilidade de uma parceria em torno de cursos livres de capacitação para os profissionais do Sistema ou para os profissionais dos Regionais e do Federal, o grupo apresentou a amplitude do grupo, tem responsável por publicações e outras soluções educativas. Em apenas uma delas, a W-Pos, há o registro de 44 cursos de engenharia a distância, enquanto na própria Unyleya há mais de 80 cursos da área de engenharia homologados.

"Universidade apontou para a possibilidade de convênios com os profissionais e para ajustes na grade curricular de seus cursos a distância"

Segundo a faculdade, convênios para a promoção de descontos em cursos livres já foram promovidos junto aos regionais do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Amazonas, Rio Grande do Sul e outros. “Podemos encaminhar propostas para convênios e descontos em cursos de pós-graduação customizados, além de cursos livres com trilhas de conhecimento para pós”, comentou Juliana Rocha. “Poderíamos analisar essa parceria na parte de gestão pública, que pode ser muito útil aos profissionais dos Creas e do Confea”, ponderou Fabyola Resende. Em relação aos cursos de especialização em engenharia na modalidade EaD,  João Quinalha considerou que, a exemplo das negociações mantidas junto ao Conselho Federal de Enfermagem – Cofen, é possível que haja algumas adaptações nas pós-graduações a distância.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea