Cerca de 70 pessoas assistiram à palestra do contra-almirante Humberto Moraes Ruivo. Durante cerca de duas horas, ele falou sobre as origens do programa nuclear brasileiro e o programa nuclear da Marinha, assim como o programa de desenvolvimento de submarinos. Destacou a relevância do mar para o território brasileiro e a importância que tem para a segurança nacional, conceituando a capacidade para exercer a soberania.
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“Três quartos da população brasileira está a menos de 500 quilômetros da costa. 95% do nosso comércio exterior ocorre por via marítima. 93% da produção do nosso petróleo e 73% do gás vem do oceano. Isso mostra a importância do mar para o Brasil”, disse.
O contra-almirante destacou que toda a tecnologia desenvolvida é voltada para fins pacíficos e acontece com 85 mil agentes da Marinha, dos quais 20 mil são fuzileiros navais. São, ao todo, cerca de 100 navios, que cobrem a região marítima e ribeirinha. Esse contingente protege as linhas de comércio marítimo, que possuem previsão de crescimento de cerca de 380% nos próximos 12 anos, em nível mundial.
Defendeu ainda a chamada Amazônia Azul, conceito criado pela Marinha brasileira. “Foi criado por volta do ano 2000, para chamar a atenção do povo brasileiro para a importância do mar para o desenvolvimento nacional. O povo brasileiro muito conhecia da Amazônia verde, mas pouco conhecia sobre a importância do mar para o seu Estado. É uma área de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros quadrados, que correspondem a praticamente metade do território nacional”, disse.
Sobre o programa nuclear da Marinha e de desenvolvimento de submarinos, foi destacada a importância dessa embarcação como extremamente relevante para uma Marinha moderna. Embora utilizado no Brasil há mais de um século, o país ainda está desenvolvendo o projeto do seu primeiro submarino nuclear próprio. Este projeto acontece no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), uma área com mais de 2 milhões de metros quadrados.
Para que o projeto possa virar realidade, está sendo criado um reator multipropósito, que dará ao Brasil capacidade própria de pesquisa e produção de combustível nuclear e até aparelhos voltados para a medicina nuclear. No mesmo local, a Marinha brasileira pretende criar uma universidade voltada para tecnologias especializadas em todas as áreas necessárias para esse tipo de empreendimento.
Reportagem: Alex Ferreira (Crea-PA)
Edição: Julianna Curado (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 75ª Soea
Fotos: Art Imagem Fotografia
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