Perfil
Reconhecido por sua contribuição ao campo acadêmico, o engenheiro agrônomo Antônio de Albuquerque Sousa Filho atua em prol da qualidade de vida e do desenvolvimento socioeconômico e tecnológico. Foi na Universidade Federal do Ceará onde construiu carreira de professor a partir de 1965, alcançando o posto de reitor depois de ter sido coordenador, diretor e chefe de departamento na mesma instituição em que se graduou em 1962.
De sua passagem pela reitoria entre 1991 e 1995, Albuquerque destaca o legado que deixou para os acadêmicos. “Assumi a universidade em péssimas condições financeiras e de infraestrutura. Por isso, estabeleci meta de recuperação. Quando saí deixei 2600 microcomputadores modernos, novas salas de aula, biblioteca reformada e com acervo ampliado, além de novos cursos de graduação e pós”, comemora o sucesso que marcou, ao mesmo tempo, o desfecho do ciclo profissional e o início da aposentadoria.
Engajado, sempre dedicou tempo a atividades classistas. Destaque para o cargo de presidente do então Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da 9ª Região, que abrangia na época o Piauí e Ceará. “Após ter sido conselheiro regional representante das instituições de ensino em 67 e 68, fui presidente em 69 e 70, tendo que renunciar porque fui me especializar nos EUA. Tempos depois voltei a ser conselheiro e vice”.
Ainda na história do Sistema Confea/Crea e Mútua, Albuquerque abriu uma nova página. Colaborou para criação e instalação em 2016 da Academia Cearense de Engenharia, da qual é o primeiro presidente. “Foi um desafio. Mas já montamos infraestrutura e temos promovido palestras que dizem respeito à sociedade. Por exemplo, a prefeitura do Ceará está fazendo planejamento participativo para 2040. Chamamos os representantes públicos para explicarem esse plano, assim como também pedimos para lideranças apresentarem projeto de enfrentamento da crise hídrica. Após o debate, damos sugestões técnicas para contribuir para o planejamento público”.
Toda essa trajetória está registrada nos livros “Meu Percurso na Universidade” – em que Albuquerque relata a atuação na universidade – e “Vivências de um profissional” – sobre os trabalhos de extensão rural e no Ministério da Educação. Outros dois livros estão no forno, como adianta o escritor: “O primeiro está pronto e compila artigos sobre turismo, economia e personalidades, que publiquei ao longo de 30 anos em jornais. O outro é uma encomenda dos meus filhos para que eu conte como foi minha juventude em Fortaleza. Já escrevi o primeiro capítulo”.
Colecionador de prêmios, o engenheiro agrônomo em 2017 soma a Medalha do Mérito do Sistema Confea/Crea e Mútua aos 14 prêmios já recebidos em sua história profissional e classista.
Trajetória profissional
Agrônomo extensionista agrícola do então Serviço de Extensão Rural do Rio Grande do Norte, atual Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater (1963); Agrônomo do Ministério da Agricultura (1964-1965); Professor da Universidade Federal do Ceará – UFC (1965-1995); Presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da 9ª Região (1969-1970); Coordenador de extensão e do curso de Agronomia no Centro de Ciências Agrárias – CCA da UFC (1970 e 1973); Presidente da Associação Cearense de Engenheiros Agrônomos (1973-1976); Diretor do CCA da UFC (1976-1979 e de 1987-1991); Secretário de Educação do Estado do Ceará (1979-1981); Secretário de 1º e 2º graus do Ministério da Educação (1981-1983); Chefe do Departamento de Economia Agrícola da UFC (1984-1988); Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural para a Região Nordeste (1987-1989); Reitor da UFC (1991-1995); Fundador e 1º presidente do Conselho de Reitores das Universidades Cearenses (1992-1994); Vice-presidente do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras para a Região Nordeste (1993-1994); Superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará – Sebrae-CE (1996-1998).