Brasília, 25 de maio de 2017.
Integrar o Estado e a sociedade, por meio do lema “Superação é a nossa maior obra”. Com esta proposta, foi aberto na noite dessa quarta (24), no Net Live Brasília, o 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). Lideranças do segmento, representadas pelos presidentes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), receberam, na ocasião, os ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e das Cidades, Bruno Araújo, além do presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi. O evento prossegue até sexta (26), no Centro de Eventos Brasil 21, também em Brasília.
O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), eng. civ. José Tadeu da Silva, participou da cerimônia, marcada por uma homenagem ao espírito empreendedor do presidente Juscelino Kubitschek em show da cantora Gláucia Nasser, para uma plateia de 1400 pessoas. “O país precisa fortalecer a parceria entre o governo e a iniciativa privada. Em um momento de dificuldades, precisamos promover iniciativas como este Encontro para que possamos reverter um quadro difícil, um cenário desfavorável de investimentos e de geração de empregos para a Engenharia, não apenas em relação à construção civil”, comentou, que também descreveu o pedido ao ministro Dyogo Oliveira, do Planejamento, para que acelere o encaminhamento do projeto de federalização do plenário do Confea.
Superação
Para o presidente do Sinduscon, eng. civ. Luiz Carlos Botelho Ferreira, o lema do evento remete à capacidade de superar adversidades para proporcionar “o destino que merecemos”, destacando que, em seus 60 anos de atividade, a CBIC conseguiu, “diante de momentos de fracasso, ante desafios de outras ordens, recomeçar”.
Em tom otimista, chegando a citar o slogan de campanha de Barack Obama (“Nós podemos”), ele ponderou, no entanto, que o atual Estado brasileiro “não é aceitável pela sociedade, por se tratar de um Estado para si, para alguns segmentos”, configurando o que definiu como um “absolutismo do século XXI”. Mesmo assim, enalteceu a continuidade dos processos de reforma trabalhista e de simplificação tributária: “Não podemos parar o país”.
Liberdade
Já o presidente da CBIC, eng. civ. José Carlos Martins, também lamentou o momento de crise econômica e ética para apontar a possiblidade de superá-lo. “Somos testados todos os dias em um grande exercício de superação”, disse, sob aplausos. Ele expressou que o custo dessas incertezas é que o setor da construção civil tenha perdido pelo menos um milhão de empregos. “O Brasil não pode parar, por isso, as reformas não podem parar”, ressaltou, lembrando o dia de protestos por que passou a capital federal.
Martins apontou uma linha de ação em que a ordem, a defesa das instituições e a realização de projetos conduzem diretamente ao crescimento, referindo-se à reforma trabalhista e à modificação da lei de licitações. “Devemos prezar por um ambiente sem incertezas, inclusive inseguranças jurídicas, o que tem ocasionado o fechamento de muitas empresas que simplesmente não conseguem atender às exigências. Por isso, o Estado precisa perceber que a sociedade acordou e precisa acabar com o patrimonialismo, promovendo uma gestão pública sensível à liberdade das empresas”.
Otimismo
Os representantes do governo federal compartilharam o tom de otimismo do Enic. “Queremos ampliar esse diálogo com os setores privados nesse novo momento da nossa economia”, comentou o presidente da Caixa, Gilberto Occhi. Já o ministro das Cidades, Bruno Araújo, apresentou uma série de dados que se referem a investimentos futuros, como o projeto Avançar Cidades, que destinará R$ 5,9 bilhões a obras de saneamento e mobilidade, e a continuidade de programas como o Minha Casa, Minha Vida.
Ao reconhecer a complexidade para empreender no Brasil, o ministro Dyogo Oliveira considerou que o país se encontra entre os piores índices de facilidade de investimentos. Dados que não retiram o respeito do governo para com a indústria da construção, “a mais importante, de fato, para o Brasil”. Repetindo que o país não pode parar, e identificando ainda o “momento difícil da vida nacional”, afirmou que o atual governo “não esmorecerá no enfrentamento das grandes questões nacionais”, conclamando o setor a apoiar enfaticamente essas propostas.
Equipe de Comunicação do Confea
Fotos: San Rogê