Conheça os novos conselheiros

Brasília, 13 de janeiro de 2017

Em dezembro passado, seis novos conselheiros tomaram posse no Plenário do Confea para o mandato 2017-2019. A equipe de jornalistas do Confea fez entrevistas com cada um deles. Confira:

 

Eng. Eletric. Edson Alves Delgado - Mato Grosso do Sul

Qual foi sua trajetória no Sistema que o fez chegar até aqui?

Tive três mandatos de conselheiro regional no Crea-MS. O primeiro no triênio 2006-2008. Depois 2012-2014, sendo reeleito para 2014-2016. Nesses períodos, fui coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica, tendo, portanto, participado de diversas reuniões da Coordenadoria Nacional. E, agora, estou Conselheiro Federal pela primeira vez, integrando as comissões de Articulação Institucional (Cais) e Eleitoral (CEF), o que faz sentido, pois atuei na Comissão Eleitoral Regional do Crea-MS em três eleições.

E por que motivo o senhor escolheu sua profissão?

Eu já atuava no mercado. Trabalhava como auxiliar técnico em uma concessionária de energia. Fui atrás do meu diploma para conseguir galgar a carreira.

E quais são suas expectativas para o seu mandato?

De muito trabalho. Tenho que atender as expectativas dos profissionais que confiaram em mim para essa missão.

O sr. tem acompanhado o trabalho do Plenário Federal nos últimos três anos?

Sim. Há cinco anos fiquei sabendo que, por conta da metodologia da rosa-dos-ventos, em 2017 o Mato Grosso do Sul teria um mandato no Plenário do Confea para engenheiro eletricista. Desde então tenho acompanhado, lido as atas e as Decisões Plenárias.

E o que o sr. destaca da atuação do Plenário em 2016?

Sem dúvida foi a aprovação da Resolução n. 1073, que substituiu a "1010". Agora trataremos as peculiaridades e critérios de concessão de atribuições, principalmente aquelas de educação continuada. Creio que esse será o grande desafio em 2017.

 

Eng. Agr. Evandro José Martins - Santa Catarina

Fale da sua trajetória dentro do Sistema.

Comecei como inspetor em 2000. Em 2003, fui inspetor chefe na cidade de Caçador, onde permaneci até 2010 e construímos a sede da inspetoria. Em 2010, fui eleito conselheiro regional pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Caçador, por dois mandatos. Nesse período, fui duas vezes coordenador adjunto, duas vezes coordenador da Câmara de Agronomia e, dentre alguns GTs e comissões, fui coordenador do GT de Atribuições Profissionais, que tratava justamente do “Decretão” da Engenharia e do “Decretão” da Agronomia. Também fui coordenador da comissão eleitoral Regional e, no último ano, fiz parte da diretoria do Crea-SC. Sou funcionário público, desde 2010 locado na Fundação Municipal de Meio Ambiente (Fundema).

Quais as expectativas para os próximos três anos? E a sua proposta de trabalho?

Minha proposta de trabalho foi construída em função das demandas dos profissionais. Fiz parte dos encontros preparatórios do nosso Estado, viajei o Estado todo e fiz um levantamento das demandas. Dentre elas, destacaria a federalização do nosso plenário, com a integração dos técnicos. No meu Estado, os técnicos querem permanecer no Sistema. Também queremos fazer um trabalho de valorização dos profissionais e das entidades de classe, como o repasse financeiro, que tem sido algo que tem nos preocupado bastante. Seriam essas as demandas imediatas. E, a longo prazo, tentar contribuir com todos os profissionais do país, trabalhando a inovação tecnológica, a ética, a transparência. Existe ainda uma dificuldade de os profissionais entenderem a atuação do Confea. É preciso nos aproximarmos mais dos profissionais. Também trabalhei muito no sentido da integração das profissões do Sistema. Meu suplente é engenheiro florestal, engenheiro de segurança do trabalho e coordenador do Crea-Jr. Temos a intenção de fazer uma gestão compartilhada, participando ambos de comissões, de plenárias estaduais e de outros fóruns.

O senhor tem acompanhado os trabalhos do plenário federal nos últimos anos? Quais os projetos/assuntos aprovados mais relevantes que o senhor destacaria?

Acredito que a mais importante foi a resolução 1075, que trata dos repasses às entidades de classe. No último ano, isso tem impactado muito, depois de um longo tempo em que elas não tiveram acesso aos recursos do Sistema. Também acho que nós temos que fazer uma ação mais efetiva, não ficar tanto aqui na nossa plenária, deveríamos tirar um dia para irmos ao Congresso Nacional. Senti essa necessidade de levarmos o conhecimento do que nós estamos fazendo, até porque isso será necessário para adequarmos a nossa Lei à realidade, o que só vai se efetivar se tivermos uma base parlamentar que tenha interesse em ajudar o Sistema. Devemos oferecer um apoio mais efetivo à nossa assessoria parlamentar. Nossa demanda de trabalho é muito concentrada, muito exaustiva e a gente acaba não tendo tempo de fazer uma ação parlamentar mais efetiva. E temos projetos que impactam as nossas profissões, precisamos estar sempre atentos para não prejudicarmos os profissionais.

Quais os desafios da Engenharia/Agronomia para 2017?

Acho que a Engenharia vai ser importantíssima para a retomada do crescimento, para andarmos nos trilhos novamente. Isso vai acontecer gradualmente, no ritmo de crescimento do agronegócio, que tem mantido o nosso país em crescimento, apesar da crise. A Engenharia está presente em todos os ambientes, da área tecnológica à construção. Esse é um fato muito importante e que às vezes passa despercebido pela sociedade. 

 

Eng. Eletric. Inarê Roberto Rodrigues Poeta e Silva - Rondônia

Como e quando decidiu cursar engenharia?

Como desde criança gostava de matemática - e isso se estendeu à área de exatas durante a adolescência - a vida cuidou de me encaminhar para a Engenharia. Sempre tive facilidade de conciliar o conhecimento com a prática.

Como seu trabalho poderá melhorar o Sistema e a sociedade como um todo?

A Engenharia pode mudar toda uma sociedade. Então vou trabalhar pelo interesse dessa sociedade durante todo o meu mandato de Conselheiro Federal.

Como foi sua participação dentro do Sistema até hoje?

Fui conselheiro regional pelo Crea-RO e diretor do Clube de Engenharia.

Qual é sua principal expectativa como Conselheiro?

Quero defender ao máximo o interesse dos profissionais, de todas as engenharias.

Qual desafio você quer ter vencido no final de seu mandato?

Ter atendido o interesse dos profissionais em melhorar o Sistema, principalmente os profissionais de Rondônia que me deram esse voto de confiança.

 

Eng. Civ. Juares Silveira Samaniego - Mato Grosso

Fale da sua trajetória dentro do Sistema.

Entrei como diretor financeiro da Associação Brasileira de Engenharia Civil (Abenc) estadual. No mesmo ano, fui eleito conselheiro regional, assumi e, em seis anos, fui vice presidente do Crea, diretor financeiro, coordenador da câmara de Engenharia Civil, e participei de diversas comissões. Disputei a primeira eleição em 2011, eleito com uma margem de votos de 3 por 1 e reeleito por unanimidade como candidato único, a exemplo desta candidatura para conselheiro federal.

Quais as expectativas para os próximos três anos? E a sua proposta de trabalho?

A expectativa é pela alteração de algumas resoluções, para tentar amenizar o impacto entre o Federal e os Regionais, por questões financeiras, favorecendo a fiscalização. Também é preciso uma participação mais efetiva da Mútua que abocanha boa parte dos recursos do Sistema e não dá uma contrapartida para ter uma fiscalização mais efetiva. O próprio Confea é um órgão de regularização e fiscalização, e ele não fiscaliza porque não tem fiscais. Deveria haver um investimento maior na área de fiscalização. Em relação ao Prodesu, acredito que é um programa importante, mas que precisa ser mais destravado, eficiente e não pode ser vários contratos. 

O senhor tem acompanhado os trabalhos do plenário federal nos últimos anos? Quais os projetos/assuntos aprovados mais relevantes que o senhor destacaria?

O plenário do Confea não tem uma interação muito grande com os regionais, algumas decisões não têm eficiência na sua aplicabilidade ou são contraditórias. A renovação do terço é problemática: se o profissional está em uma ou mais entidades, conta várias vezes. Essa é uma decisão tomada sem ouvir a base. Ainda no Colégio de Presidentes propus excluir um artigo da resolução 1.008 onde se aplicava a notificação, para se colocar o auto de infração, de forma direta. Felizmente, o plenário aprovou. Vejo que há  pedidos de alteração na resolução 336, onde se limita a atividade do profissional, o que não é nossa função. Devemos fiscalizar, não limitar.

Quais os desafios da Engenharia/Agronomia para 2017?

Os desafios são contínuos, não só para 2017. Há inovações no dia a dia, ao longo dos anos, que passam despercebidas pela sociedade. No Mato Grosso, éramos uma área de cerrado, improdutiva. Hoje, a partir de estudos na área agronômica, ao longo da última década, somos o maior produtor de algodão, milho e soja do país. Na área da engenharia civil, também temos mecanismos contínuos de novas tecnologias, de produtos e técnicas para se aplicar com maior eficiência e eficácia.

 

Eng. Civ. Marcos Luciano Camoeiras Gracindo Marques - Roraima

Como e quando decidiu cursar Engenharia?

Ainda no Ensino Médio, na década de 90, meu irmão queria ser engenheiro e me incentivou. Mas a paixão pela matemática veio desde a infância.

O que mais te chama atenção na Engenharia Civil?

O dinamismo da Civil é o que mais me apaixona. Essa área da Engenharia consegue abranger várias outras, como infraestrutura, saneamento e demais.

Qual a sua experiência dentro do Sistema?

Fui presidente do Crea de Roraima por dois mandatos, presidente do grêmio acadêmico do curso de Engenharia Civil na universidade, e presidente do Clube de Engenharia. E agora cheguei ao Conselho Federal.

Como sua experiência profissional pode ajudar a melhorar o Sistema?

Além de militante na universidade, fui presidente de Crea e de entidade de classe. Por isso tive contato com o mundo real e com a realidade do Sistema. Isso faz com que eu saiba o que o profissional espera que seja decidido por nós.

E qual decisão do Plenário você destacaria em 2016?

Não foi nem uma decisão em si, mas o respaldo que o STF deu em relação à ART, no ano passado. Esse reconhecimento da legalidade da cobrança passou aos Creas a segurança de continuar a prestar o serviço à sociedade.

E qual sua expectativa para seu mandato como conselheiro?

Conseguir levar, através do Confea, resultados que impactem na vida real dos profissionais que enfrentam a crise por que nosso país passa. Esse será meu maior desafio.

 

Eng. Mec  Ronald do Monte Santos - Piauí

Fale da sua trajetória dentro do Sistema.

Fui conselheiro regional, diretor administrativo do Crea-PI, coordenador de Câmara e hoje sou presidente do Instituto Piauiense de Avaliações e Perícias (Ipape), seção estadual do Ibape. Também estou encerrando o mandato na presidência da Associação de Engenheiros Mecânicos do Estado do Piauí.

Quais as expectativas para os próximos três anos? E a sua proposta de trabalho?

Nossa proposta de trabalho é contribuir para o Sistema como um todo, a fim de que nós possamos ter uma melhor representatividade junto à sociedade. Porque hoje, apesar de ser o maior conselho profissional do mundo, com quase um milhão e meio de profissionais registrados, não estamos com a nossa melhor representatividade junto à sociedade. Esperamos que o conselho seja mais bem visto pela população e pelos governantes, trazendo propostas de inovação para que possamos contribuir melhor para o desenvolvimento do país.

O senhor tem acompanhado os trabalhos do plenário federal nos últimos anos? Quais os projetos/assuntos aprovados mais relevantes que o senhor destacaria?

O Confea está melhorando. Mas, apesar de tudo o que vem sendo feito, ainda estamos um pouco atrás. Precisamos esperar a aprovação dessas propostas que estão no Congresso Nacional para que melhoremos o nosso Sistema. Propostas como a do aumento de representatividade dos nossos estados no plenário por meio de sua federalização.

Quais os desafios da Engenharia/Agronomia para 2017?

Um dos maiores desafios é a nossa credibilidade. Hoje, muita gente nem imagina qual é a responsabilidade do engenheiro. A gente precisa fazer com que isso seja melhor entendido pela nossa população. Mostrar qual o valor real do nosso Conselho, contribuindo, assim, para uma divulgação maior do Sistema. Precisamos também que o Confea dê uma melhor assistência para os nossos regionais para que eles se tornem autossuficientes. 

 

Beatriz Leal, Henrique Nunes e Wesley Oliveira
Equipe de Comunicação do Confea