Lideranças do Sistema debatem formas alternativas de geração de energia

Brasília, 21 de novembro de 2016

Uma apresentação do diretor técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Sandro Yamamoto marcou o início dos trabalhos da 3a Reunião Ordinária do GT Matriz Energética Brasileira para 2050. Reunidos até esta terça-feira, os participantes assistirão outras cinco apresentações, cujos debates envolvem energia solar, hidrelétrica e geração e distribuição de energia. Além disso, o grupo recebe, ainda, diretor da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia, para debater o "Plano Energético Brasil - 2050".

Participam da reunião o conselheiro federal Marcus Vinícius Fusaro, que coordena o Grupo, Ana Constantina Sarmento e Edson Navarro (membros-especialistas do GT) e os assessores do Confea João de Oliva e Paulo Prado. Também integram o grupo o conselheiro federal Carlos Batista das Neves, o coordenador nacional da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Elétrica, Jovanilson Falero de Freitas, e o presidente da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas, Olavo Botelho Almeida. 

O Grupo de Trabalho Matriz Energética Brasileira para 2050 tem como objetivo estudar os impactos da crise energética brasileira na formação de mão de obra, no desenvolvimento da cadeia produtiva e de novas tecnologias, na manutenção da malha energética. A criação do GT foi motivada pela recente crise provocada por conta da baixa disponibilidade de energia hidroelétrica e do subaproveitamento de recursos naturais como energia solar e eólica, entre outras razões. SAIBA MAIS

Custo

"Paulo Arbex: pequenas hidrelétricas cobram incentivos"
Para o presidente da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (ABRAPCH), Paulo Arbex, o setor elétrico deveria ser uma prioridade para o país. "Hoje temos uma das energias mais caras do mundo, inibindo o investimento e ainda sujeito a apagões". Segundo ele, as hidroelétricas representam o menor custo médio efetivo, da ordem de R$ 95/MWh. No entanto, o segmento sofre com uma "política industrial às avessas", com carga tributária desigual e outras desvantagens. Ao final de sua apresentação, ele afirmou que é preciso construir mais hidrelétricas, gerando mais empregos especializados. 

"Rodrigo Sauaia: confiança no crescimento do setor de energia solar fotovoltaica"
Já o presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Lopes Sauaia, comentou a projeção de crescimento do setor nas próximas décadas, atingindo 10% da matriz energética em 2030. "Seria um aumento de mil por cento em relação a hoje, o que exigiria investimentos da ordem de 125 bilhões de reais". Rodrigo enalteceu a iniciativa do GT Matriz Energética, afirmando que o momento é de acreditar no diálogo, sobretudo diante da abertura que a atual diretoria da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) vem sinalizando com o setor. "Acho que eles estão reincorporando as hidrelétricas e também as novas fontes de energia, promovendo oportunidade de trabalho para todos".

ABEEOLICA_GT_Matrizes_Energéticas

ABRAPCH_GT_Matrizes_Energéticas

"Absolar_GT_Matrizes_Energéticas"

 

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Equipe de Comunicação do Confea