Piracicaba, 8 de junho de 2016.
“O resultado de tudo o que fazemos como profissionais - cada vez que vocês se sentarem para aplicar seu conhecimento - é algo de bom para a sociedade. O produto do nosso trabalho é fazer o bem para alguém, nós garantimos a qualidade de vida das pessoas”, disse o presidente do Confea, eng. civ. José Tadeu da Silva, para 200 estudantes da Escola Superior de Agricultura Luiz Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
A palestra foi realizada na noite dessa terça-feira (7), em Piracicaba, para o primeiro ano do curso de Engenharia Agronômica. “Nosso conhecimento gera mercado de trabalho para várias pessoas”, disse Tadeu, ao ressaltar o papel social da profissão com potencial de gerar alta cadeia produtiva.
O evento – que contou com outras duas apresentações – foi organizado pelo DCAgro (Centro Acadêmico de Agronomia da Esalq) e se iniciou com a dinâmica da cebola. Os organizadores escreveram perguntas sobre o Sistema Confea/Crea em seis pedaços de papel e os amassaram em uma só bolinha, que era jogada entre o público. Quem pegava a bolinha tinha que desamassar um dos papéis, ler a pergunta e tentar responder em voz alta.
“Você sabe o que é o Crea?” “é um documento?” “O que significa Crea?” “Conselho Representativo dos Engenheiros Agrônomos?” – entre risos e brincadeiras, um dos participantes da dinâmica acertou: “qual a importância do registro?” “para que possamos trabalhar”.
Em seguida, José Tadeu explicou que, no Brasil, há 4 mil profissões registradas no Ministério do Trabalho e que, dessas, apenas 29 requerem formação específica para atuação, conforme a Constituição. “O país entendeu que essas 29 profissões, entre as quais a nossa, se exercidas por leigos, causam risco para a sociedade”, explicou o engenheiro, mencionando os médicos e enfermeiros como exemplos de outras profissões regulamentadas.
Para os alunos, esclareceu que três vertentes compõem o sistema profissional: as instituições de ensino – que formam os profissionais; os conselhos federais e regionais - que habilitam e fiscalizam o exercício profissional; e as entidades de classe – que os representam. “Esse complexo garante três coisas à sociedade: segurança, qualidade do serviço e economia dos recursos”.
Tadeu mencionou, ainda, a parceria firmada entre Confea e a Ordem dos Engenheiros de Portugal, sobre reciprocidade e mobilidade profissional, que facilita o registro de profissionais brasileiros que queiram atuar na Europa e, posteriormente, trazer conhecimento para o Brasil. “Nossa preocupação não é só registrar. Vai além. Atuamos pelo desenvolvimento e progresso da nossa nação. Nenhum país se desenvolve se não tiver Engenharia e Agronomia”.
As estudantes Beatriz Papa e Marina Mérola consideraram a palestra dinâmica. “Já tinha ouvido falar do Crea, mas não do Confea”, disse Marina, e Beatriz completou: “Eu não sabia muito bem o que o conselho fazia”. Não é o caso de Douglas Mardegan, que, por já ser técnico em química, conhecia o Crea, “mas não tinha ideia da dimensão”. Já o estudante Otto Koch não sabia que havia tanta legislação. “A palestra esclareceu bastante”, afirmou.
O coordenador do curso e professor da disciplina, Roberto Arruda de Souza Lima, disse lamentar que a palestra não tenha durado mais tempo. “Foi uma oportunidade espetacular”. O engenheiro agrônomo especializado em Economia afirmou que a participação do Confea contribui de duas formas: “com a formação dos alunos, que já vão entendendo como o mundo profissional funciona; e para nós, docentes - podemos pensar em cursos de extensão para formar profissionais para atuar nos Creas”. Roberto mencionou o procedimento de preenchimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) como exemplo do que poderia ser ensinado nesse curso.
-> Confira mais fotos do evento
-> Acesse o arquivo da apresentação do presidente
Beatriz Leal
Equipe de Comunicação do Confea
