Brasília, 28 de fevereiro de 2007

A 1339ª Plenária Ordinária do Confea foi aberta, na tarde desta quarta-feira (28 de fevereiro), com a presença da presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho.
A presidente, que é servidora de carreira do banco, fez aos conselheiros federais, uma apresentação sobre o Programa de Aceleração do Crescimento, lançado pelo governo no início deste ano.

A abordagem feita por Maria Fernanda enfocou os possíveis impactos e desafios para a Caixa, uma das principais fontes financiadoras dos projetos previstos para os próximos quatro anos.
O PAC se baseia em três eixos principais: Infra-estrutura, Logística e Energia. Todos contam com interface direta de profissionais e empresas de engenharia.

Uma das preocupações do presidente Lula, segundo Maria Fernanda, é com a qualidade e adequação das obras previstas, levando em conta aspectos como as diferentes realidades regionais, o desenvolvimento sustentável das microrregiões atendidas e o escoamento da produção a curtas, médias e longas distâncias. “São tantas questões que envolvem o trabalho e a fiscalização de vocês, que considero este, um fórum privilegiado. Vocês são os construtores do Brasil e é por meio de quem será possível ter cidades mais humanas, com respeito à qualidade de vida, saúde e segurança”, declarou ela.

Congresso Nacional
Na apresentação, Maria Fernanda elucidou como a Caixa participará da liberação de recursos para as obras que compõem a carteira de investimentos do PAC. Adiantou que a hora é de trabalhar para que o Congresso Nacional trabalhe rápido na aprovação do pacote, composto por mais de uma dezena de medidas provisórias e projetos de lei.

Caso as matérias não sejam apreciadas, começarão a trancar a pauta da Câmara dos Deputados a partir de 19 de março. “Toda essa discussão em torno do PAC é muito positiva porque traz um cenário novo de investimentos e planejamento. Todas as ações precisam do acompanhamento da sociedade civil organizada”, destacou a presidente.

O presidente do Confea, Marcos Túlio de Melo, lembrou que a divulgação do PAC foi objeto de uma moção de apoio por parte do plenário da Casa. Ele se mostrou confiante com as medidas, mas fez uma ressalva quanto à exeqüibilidade dos projetos. “O grande desafio do governo será fazer um planejamento criterioso para definir o prazo técnico para cada empreendimento. É preciso primar pela qualidade dos projetos, desde sua elaboração até a execução da obra com segurança”, advertiu Túlio.

Maria Fernanda lembrou que, no ano passado, a Caixa acumulou investimentos da ordem de R$ 4 bilhões em projetos. Mas, em concordância com Marcos Túlio, ressaltou que “o cuidado técnico é fundamental. Não podemos perder de vista, por exemplo, a legislação ambiental para que haja não só desenvolvimento, mas práticas sustentáveis de crescimento”.

Quadro de profissionais
Com relação à equipe de engenheiros da Caixa, Maria Fernanda observou que, como servidora da carreira, luta pelo aprimoramento do corpo técnico do banco. “Houve, de fato, uma redução do quadro destes profissionais ao longo das últimas décadas. Mas, desde 2003, estamos aprimorando nossa equipe de engenheiros e arquitetos. Ainda não é o ideal, mas estas ações demandam um tempo de maturação”, analisou.

Equipe de Comunicação do Confea