Confea busca apoio para Conferência de Energia Sustentável

Brasília, 16 de fevereiro de 2007

"Parceiros analisam evento"
O assunto está na ordem do dia. Jornais, revistas, programas de televisão, de rádio e até o cinema se debruçam hoje sobre problema que já é objeto de advertência há décadas por ambientalistas e sociedade organizada: sem uma política efetiva e global, a Terra sofrerá efeitos catastróficos em decorrência do superaquecimento e de todas as suas implicações.

Pensando nisso, o Confea decidiu encarar a questão de frente. Firmou parceria com a Federação Mundial de Engenheiros (FMOE), a União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi), a Federação Brasileira das Associações de Engenheiros (Febrae) e a Unesco para organização da I Conferência Sobre Engenharia para Energia Sustentável em Países em Desenvolvimento.

O encontro acontecerá paralelamente à programação da 64ª SOEAA, em agosto, no Rio de Janeiro. Trata-se de iniciativa inédita para discutir o papel da engenharia na adoção de práticas que promovam a produção e o uso de energia ambiental e socialmente responsável.

O presidente do Confea, eng. civil Marcos Túlio de Melo, e o presidente da Febrae, Carlos Roberto Moura, juntamente com o vice, Jorge Spitalnik, foram até o Ministério das Relações Exteriores dia 14 de fevereiro buscar apoio para a divulgação do evento. Eles se encontraram com o chefe da Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Itamaraty, Raphael Azeredo.

“Hoje, somos bombardeados diariamente com notícias preocupantes sobre as agressões à camada de ozônio, as mudanças climáticas, a destruição dos recursos naturais. Fala-se em criar novas políticas ambientais, mas é fundamental que os engenheiros sejam ouvidos em primeiro lugar. Somos nós que viabilizamos as tecnologias. Não adianta fazer leis, se elas não puderem ser adaptadas à prática”’, advertiu Jorge Spitalnik.

O Brasil como líder ambiental
A idéia da conferência é criar subsídios para que governo, setor empresarial e o restante da sociedade, possam abordar o tema levando em consideração a participação decisiva dos engenheiros em cada ação. As autoridades da área lembraram que geração de energia limpa, utilização de recursos renováveis e o próprio desenvolvimento do biodiesel, são fruto da pesquisa de diversos campos da ciência e da tecnologia em que a engenharia desempenha papel fundamental.

Raphael Azeredo declarou total apoio à iniciativa. “É bom que haja ações como esta, porque quando se fala em meio ambiente, sobretudo no que diz respeito à questão energética, a palavra final costuma ser a do mundo industrializado. É preciso, mesmo, dar voz aos países em desenvolvimento. Até porque, o Brasil representa uma das principais lideranças mundiais nesse setor”, analisou o diplomata.

Para o presidente do Confea, o encontro não será um evento pontual, mas um estímulo ao debate que se desdobrará pelo menos até a realização da WEC 2008, em dezembro do ano que vem. “Em agosto, teremos pelo menos três eventos de grande porte porque haverá, além da conferência, a SOEAA e o Congresso Nacional dos Profissionais (CNP). Vamos criar um ambiente propício para que, no encontro mundial dos engenheiros, possamos ter uma proposta concreta e factível de desenvolvimento sustentável e sustentado para o mundo. E é do Brasil que partirá essa iniciativa”, previu Marcos Túlio.

Sandro Farias
GCO/Confea