Brasília, 5 de fevereiro de 2007
 
De olho na escassez de profissionais especializados - principalmente com cinco a 15 anos de formados - devido ao aquecimento do setor de petróleo, muitas universidades começaram a criar cursos de extensão, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado voltados para a área. Um dos mais importantes é o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que em 2004 lançou o curso de graduação em engenharia de petróleo, em parceria com a Escola Politécnica, o Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) e a Escola de Química da própria instituição. 
 
Com foco no mercado "upstream" (exploração e produção de petróleo), o curso de engenharia de petróleo foi o mais concorrido no vestibular da UFRJ este ano, com 29 candidatos disputando uma vaga, superando a preferência dos alunos nos anos anteriores pelos tradicionais cursos de medicina e comunicação social. "Queremos que o estudante esteja apto a atuar na indústria de petróleo, particularmente nas áreas ligadas à exploração e produção. Não queremos dar apenas uma forte formação técnica, mas fazer com que ele tenha uma boa visão dos aspectos políticos, econômicos e sociais da área", afirma. 
 
O próprio Coppe lançou em paralelo uma pós-graduação lato sensu executiva, o MBP-Coppe, voltada para petróleo e gás natural. Com 360 horas, o objetivo é permitir que profissionais do setor tenham uma boa visão de gestão. No curso são abordadas questões como "upstream" (exploração e produção), "downstream" (refino, transporte, distribuição e comercialização), além de assuntos ligados ao gás natural. 
 
O executivo que deseja atuar nesse mercado, além das habilidades gerais de gerenciar e tomar decisões, necessita de competências adicionais. Com o intuito de facilitar o acesso dos candidatos interessados em aprimorar seus conhecimentos nesse mercado, a Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo, abriu inscrições para o curso de pós-graduação lato sensu em Negócios de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (NPGB). 
 
A iniciativa é uma alternativa para quem atua no mercado de São Paulo e antes precisava se deslocar para o Rio - Estado que concentra 80% da produção de petróleo no Brasil - se quisesse fazer um curso de bom nível. Com início em março e grade de 460 horas/aula, o curso quer estimular e desenvolver nos participantes uma visão multidisciplinar dos setores de petróleo, gás e biocombustíveis. "Também visa a desenvolver competências gerenciais eficazes, preparando os participantes para exercer papéis de liderança em equipes altamente qualificadas e formular ações estratégicas em cenários fortemente competitivos nos mercados nacionais e internacionais", diz Leonardo Santos Caio, coordenador do núcleo executivo do petróleo e gás da FIESP e do curso da FIA. (AG) 

Fonte: Valor Econômico / Universia Brasil