Brasília, 20 de novembro de 2006
A população de baixa renda de todo o Espírito Santo poderá ter nos próximos meses um benefício importante para a construção de casas populares. Um programa do Conselho Regional de Engenharia, Agricultura e Agronegócio do estado (Crea), apresentado às prefeituras capixabas, nesta sexta-feira, irá proporcionar serviços especializados de Engenharia e Arquitetura aos cidadãos que ganham até três salários mínimos.
O presidente do Regional, Luis Fiorotti, afirmou que com o novo programa, as pessoas vão ter mais segurança e economia na construção de residências, pois contarão com serviços e orientações técnicas de profissionais cadastrados no Conselho. “O Programa de Engenharia e Arquitetura Social visa atender populações com renda familiar de até três salários mínimos. Essas construções deverão ter até 70 metros. Isso dará condições de areação, habitabilidade e iluminação factíveis para que as pessoas possam viver com tranqüilidade”, disse Fiorotti.
O acesso da população ao programa só poderá ser feito depois da adesão das prefeituras municipais. A Caixa Econômica Federal também vai participar do projeto abrindo linhas de financiamento. O corpo técnico de engenheiros e arquitetos será formado pela própria prefeitura. O morador deverá fazer o cadastro junto à secretaria de obras e serviços urbanos. A presidente do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, Maria Clara da Silva, disse que espera a adesão de todas as prefeituras, pois essa parceria com o CREA vem sendo discutida há muito tempo.
“É uma luta nossa de muitos anos junto ao Crea. É uma entidade que nos faz muita falta. Esse projeto vem para investir no povo de pouca renda. Eu quero crer que com o Estatuto da Cidade as prefeituras possam aderir ao programa”, explica Maria Clara.
Hoje, para uma pessoa ter a autorização do Crea para construir uma obra, tem que desembolsar R$ 169,00. Com o programa habitacional o valor passa para R$ 18,00. O Crea visitou em todo estado aproximadamente 10.500 obras em construção. Deste total, quase um terço não possuíam profissionais responsáveis.
Fonte: Gazeta On Line
