Brasília, 25 de outubro de 2006

O 1º Simpósio Internacional de Engenharia de Segurança do Trabalho que acontece nos dias 7 e 8 de novembro em Brasília vai discutir não só os critérios de fiscalização como principalmente a importância da segurança não só para a saúde do trabalhador como para o bom funcionamento da empresa.

Profissionais nacionais e internacionais vão estar presente para falar não apenas sobre o tema, mas sobre todos os assuntos co-relacionados a ele, posto que é função do Engenheiro de Segurança do Trabalho “proteger o trabalhador em todas as unidades laborais no que se refere a questões de segurança, inclusive higiene do trabalho” e ainda, “prevenir os riscos nas atividades de trabalho com vistas à defesa da integridade da pessoa humana”.

Sendo então, função do Engenheiro de Segurança do Trabalho prevenir os riscos no trabalho e fiscalizar as questões relativas aos riscos no trabalho a Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho(Anest), a Associação Iberoamericana de Engenharia de Segurança do Trabalho(Aiest), Associação Nacional dos Docentes dos Cursos de Engenharia do Trabalho (Andest), o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal(Crea DF) e o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia(Confea) decidiram promover o Simpósio com o objetivo de levar não só profissionais, trabalhadores e empresários a refletirem sobre o problema da segurança ou da falta de segurança no ambiente de trabalho, como também toda a sociedade.

O tema da conferência de abertura é “A importância da Engenharia de Segurança do Trabalho para o Trabalhador” dá uma idéia da preocupação dos organizadores com a questão da segurança que vem dia a dia sendo deixada em segundo plano pelos empresários e pelos próprios trabalhadores. A Conferência será ministrada pelo ex-Ministro do Trabalho, engenheiro Arnaldo Pietro.

Os números registrados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 2005 mostram a gravidade do problema. Em 2005 foram registrados no Brasil 491.711 acidentes de trabalho enquanto em 2004 o número registrado foi de 465.700. Dos acidentes registrados em 2005, 378.604 foram com homens e 113.106 foram com mulheres. A maioria dos acidentes, ainda segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, atinge profissionais em idade entre 20 e 29 anos.

Já dados do Ministério da Previdência Social mostram que a ausência de segurança nos ambientes de trabalho no Brasil gerou no ano de 2000 um custo de cerca de R$ 23,6 bilhões para o país, o equivalente a 2,2% do Produto Interno Bruto(PIB) do país. Deste total, R$ 5,9 bilhões correspondem a gastos com benefícios pagos a trabalhadores que sofreram algum tipo de acidente de trabalho, a aposentadorias especiais e ainda, a reabilitação dos profissionais.

Os valores gastos pelas empresas com os funcionários acidentados e a falta do funcionário acidentado acaba, segundo especialistas, por afetar de forma negativa a competitividade destas empresas.

Desta forma, a segurança no trabalho deixa de ser apenas uma questão humana, ligada à saúde do trabalhador e passa a ser também uma questão o país nos setores da economia também.
O Simpósio vai discutir ainda o exercício da engenharia nos países do Mercosul e da península ibero-americana, além de debater a importância dos sindicatos na implementação e fiscalização de medidas que assegurem um bom ambiente de trabalho para os trabalhadores.

Por Ana Karienina
Assessoria de Comunicação do Crea-DF