Confea e Banco Central estudam parcerias

Brasília, 8 de agosto de 2006

Provocar o debate a respeito de um projeto para o desenvolvimento do país. Esse tem sido o objetivo da “cruzada” realizada pelo presidente do Confea, eng. Marcos Túlio de Melo em vários órgãos públicos. Ele esteve hoje, 8 de agosto, no Banco Central (BC), juntamente com seu assessor, eng. Argemiro Mendonça, o superintendente do Confea, Jaceguáy Barros, o chefe de gabinete, Luiz Zigmantas e o gerente de relações institucionais, René Bayma.

“O país carece de um projeto integrado de desenvolvimento há um bom tempo. O que tem sido feito são ações pontuais. Certamente apoiamos a iniciativa do Conselho”, afirmou o chefe do Departamento de Recursos Materiais e Patrimônio do BC, Dimas Luiz Rodrigues da Costa, que recebeu a comitiva juntamente com Luiz Meneghun e Basílio Baffi, também do departamento.

Túlio ressaltou que sua iniciativa faz parte do projeto “Pensar o Brasil”, que tem realizado seminários regionais, reunindo propostas da área tecnológica que serão consolidadas em um documento a ser entregue aos candidatos à presidência da república durante a 63ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (Soeaa), que acontece de 20 a 24 de agosto em Maceió (AL). Na oportunidade, Marcos Túlio aproveitou para convidar oficialmente o presidente do BC, Henrique Meirelles, para participar da solenidade de abertura da Semana.

Os representantes do BC ficaram de avaliar, ainda, uma possível parceria para a realização da Convenção Mundial de Engenheiros (WEC, na sigla em inglês), que deverá reunir em Brasília, em 2008, engenheiro de vários países. Trata-se a terceira edição do evento. A primeira foi na Alemanha (2000) e a segunda na China (2004). “Será a oportunidade de mostrarmos para a comunidade internacional as nossas competências. Temos um potencial muito grande de disputar o mercado externo”, ressaltou Marcos Túlio.

Valorização profissional – outro assunto da reunião foi a valorização das equipes técnicas que trabalham no banco, assunto que tem sido tratado com outras instituições públicas, como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil. “Precisamos caracterizar a atividade técnica por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Isso significará um ganho para o profissional, que poderá comprovar sua experiência, além de ser mais valorizado na instituição”, defendeu Marcos Túlio.

Dimas da Costa concorda com a idéia e disse que avaliará a possibilidade de uma parceria com o Crea-DF. Ele ressaltou que, apesar de o concurso do Banco Central contratar analistas, que podem ter qualquer área de formação, cerca de 50% dos servidores do BC são da área tecnológica. “Os profissionais dessa área têm uma formação muito ampla e integrada, e, por isso, acabam ocupando esses postos. Certamente, esses profissionais devem ser valorizados”, afirmou ele.

Por Mariana Zanatta
Equipe de comunicação do Confea