Transposição do Rio São Francisco é absolutamente seguro

Brasília (DF), 28 de setembro de 2005

Finalizando a parte da manhã, o deputado federal Marcondes Gadelha (PTB-PB), iniciou sua participação reconhecendo os valores de João Alves - de quem foi secretário de governo em Sergipe - enquanto político e administrador: “aprendi com ele o compromisso com a verdade”, disse, partindo em defesa do projeto.

Gadelha firmou que a transposição de águas do rio São Francisco se prende a dois elementos básicos: “O Direito  garantido pela Constituição que afirma que todo o rio que atravessa mais de um Estado, é patrimônio da União  e a Necessidade - que nos compele a pedir a transposição diante da expectativa que aflige a população da região - que não tem água de superfície, nem de subsolo nem de chuva. “O Nordeste Setentrional tem que importar água de algum lugar que é o rio São Francisco”.

Para exemplificar a realidade de seu Estado, o parlamentar informou que segundo a ONU, o consumo de água deve ser de 1.000 metros cúbicos/ per capita/ano e que na Paraíba, esse índice é de 450 metros cúbicos per capita/ano. “Durante oito meses no ano, o semi-árido tem suas terras paradas. 33% da população foi expulsa do estado pela seca. Das que ficaram, 43% não fazem as três refeições diárias”.

Gadelha, para tranqüilizar os que se engajam à idéia da transposição, garante que o projeto “é absolutamente seguro quanto às questões ambientais”, porque possui três travas que nenhum outro desse tipo possui. “A primeira, diz, é a captação a ser feita longe da foz. A segunda, é a relação entre vazão e o caudal do rio e a terceira é a complementariedade dos ciclos hidrológicos”.

“A transposição não provoca impacto ambiental negativo sobre o rio ou a população, estudos rigorosos são essa garantia”, finalizou Gadelha.

Por Maria Helena de Carvalho
Da equipe da Acom