Confea participa de Telecentros e acompanha lançamento em Bsb

Brasília (DF), 22.03.2005

“Um programa de parcerias múltiplas e flexíveis”, na definição do secretário de Tecnologia Industrial do MDIC, Roberto Jaguaribe, foi lançado  na manhã de hoje, em Brasília, na sede do ministério do Planejamento, o Programa de Telecentros de Informações e Negócios, do Governo Federal e que visa a inclusão digital de micro e pequenas empresas que através do endereço www.desenvolvimento.gov.br , poderão ter acesso a dados fundamentais para seu crescimento.

Acompanhado de Fernando Bemerguy, 1º vice-presidente do Confea e dos presidentes dos Creas do Espírito Santo, Sílvio Ramos, e de Minas Gerais, Marcos Túlio de Melo, além de Kleber Castilho, vice- presidente do Crea paulista, Wilson Lang, presidente do Confea, acompanhou atentamente a apresentação de Jaguaribe que ao citar órgãos governamentais e empresas públicas e privadas envolvidas no programa, destacou o Confea como “parceiro desde o início e que contribuiu enormemente fornecendo conteúdos relevantes".

Ao falar sobre os primeiros 170 telecentros lançados hoje em vários locais do país   seis deles  funcionando nas sedes dos Creas de SP, RN, ES, MG, AM e MT -, Jaguaribe disse que o custo de implantação  varia de R$ 15 mil a R$ 30 mil para cada unidade  e que caro “é manter o  funcionamento com pessoal capacitado”.

Jaguaribe informou ainda que cerca de 500 empresas estão sendo contatadas para contribuir com doações ao programa, principalmente computadores usados. “Pense grande, comece pequeno e faça rápido”, aconselhou ele antes de informar que a cada três meses, será informado  a quantidade de parceiros e a localização de novos telecentros, inclusive na fronteira da Amazônia Ocidental, com o apoio do Exército.

Para o presidente da Telefônica, Fernando Ferreira, os telecentros simbolizam a “universalização da inclusão digital e o Brasil tem tecnologia pronta para isso “. Ele citou o exemplo da Coréia que “há 10 anos registrava renda per capta menor que a do Brasil e hoje desponta como um dos líderes econômicos da atualidade porque apostou na formação educacional de seu povo e na informatização “. Ferreira acredita que o país, hoje em 57º lugar, tem condições de melhorar sua posição no raking das nações que oferecem  acesso à tecnologia.

O vice-presidente do Banco do Brasil, Luis César, ao parabenizar o MDIC, destacou a “persistência da equipe do ministério que leva o programa que por sua vez tem uma longa batalha de inclusão digital pela frente”.

Walfrido Mares Guia, ministro do Turismo, afirmou que o setor será um aos beneficiários do Programa de Telecentros. “O Turismo é a quarta atividade econômica que mais cresce e responde por 10% do PIB mundial, cerca de UU$ 3,7 trilhões, em cada nove empregos criados, um é da área”. No Brasil, a realidade é outra, “a atividade alcança pouco menos de 5% do nosso PIB e 95% das empresas nacionais  operam com no máximo  30 empregados e é por isso  que o setor será beneficiado pelo programa”.

Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, disse que “o momento é relevante e que a prioridade é fazer ações integradas entre as políticas emergenciais e emancipatórias para promover a inclusão digital”.

Luis Fernando Furlan, à frente do MDIC, afirmou que “o que nos move, no ministério, são os resultados concretos da mobilização feita por governo e sociedade”. Para ele, “inclusão digital é inclusão social. Este é um programa de governo”, disse Furlan acreditando que “os telecentros farão a diferença para o desenvolvimento do país”.

Antes do lançamento, dezenas de convidados acompanharam o ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio na visita à sala onde 10 computadores foram instalados para treinamento de pessoal.

No “grande mutirão digital” como o programa está sendo chamado, colaboram vários parceiros. Além do Confea, Banco do Brasil, Itautec, Ministério do Desenvolvimento Social, Exército , Telefônica, Banco da Amazônia, Embratel,  Correios, BNDES, INPI, Advocacia Geral da União, e Petrobrás, entre outros.

Da mesa que coordenou o lançamento do programa, fizeram parte além de Furlan, Ananias e Walfrido Mares Guia, Álvaro Costa, da Advocacia Geral da União e o próprio Roberto Jaguaribe.

Por Maria Helena de Carvalho
Da equipe da ACOM