Mulheres discutem tecnologia e sustentabilidade

São Luís (MA), quarta-feira, 1 de dezembro de 2004.

Vitor Soares

Deodette Packer
 
Um grupo de aproximadamente 80 mulheres discutirá até o final da tarde desta quinta-feira (02) questões urbanas e de futuro, voltadas ao crescimento sustentável. O cenário será o 1º Fórum da Mulher na Área Tecnológica, aberto oficialmente nesta quarta-feira (01), na sala F do Centro de Convenções do Sebrae Multicenter. "Acredito que teremos, a partir desse evento, uma postura diferente com relação à maneira como nós comunicamos o trabalho da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia para a sociedade. Esse deve ser o principal saldo", destacou a coordenadora do evento, eng. mec. Deodete Parker.

Segundo Deodete, haverá surpresas com alguns números que serão apresentados no decorrer dos painéis e conferências. "A expectativa é que esse Fórum seja permanente e que atinja o seu auge na WEC 2008", enfatizou.

Para o presidente do Confea, eng. Wilson Lang, a atividade é considerada assunto estratégico. "Estamos diante de uma platéia rica. Acredito que alcançaremos excelentes resultados nesses dois dias", comentou Lang no início dos trabalhos. Ao lado da esposa, Fádia e da presidente do Crea-RN, Elequicina Maria dos Santos, ele saudou as participantes. Ao mesmo tempo voltou a demonstrar preocupação com a curva descendente de formação de profissionais de Engenharia.

"No Brasil, o número de engenheiros per capita para o processo de desenvolvimento é pequeno", explicou. Outra questão tem sido o baixo percentual da participação feminina nos cursos da área tecnológica, estimado em 10%. Lang acredita que o Fórum da Mulher possa resultar na implementação de um projeto específico voltado ao incremento à demanda pela profissão, nas faculdades, escolas de ensino médio e, inclusive, fundamental. "Vamos dar forma a um projeto que nos diga o que poderemos fazer para estabilizar essa curva descendente e depois, invertê-la", observou.

A presidente do Crea-RN, Elequicina dos Santos, concorda. Na sua opinião, atividades dessa natureza são fundamentais para estimular ainda mais a presença feminina no setor. "Temos um espaço muito bom e precisamos ocupá-lo cada vez mais", justificou. Para Fernando Santo, da Ordem dos Engenheiros de Portugal, a participação das mulheres nesse campo profissional proporciona uma outra visão. No entanto, ele ressalta que ainda existem questões que precisam de um amplo debate. Citou, entre outras, a necessidade de se buscar meios de conciliar a profissão e a família.

Adriana de Paula - Da Assessoria da Soeaa