Coordenação acerta últimos detalhes para o Fórum da Mulher na Área Tecnológica em São Luís do Maranhão

Brasília (DF), terça-feira, 16 de novembro de 2004.

Políticas públicas, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, tecnologia da informação e gestão são os principais temas a serem abordados durante o Fórum da Mulher na Área Tecnológica, que ocorrerá durante a 61ª Semana Oficial da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia (SOEAA) e o 5º Congresso Nacional de Profissionais (CNP), em São Luís do Maranhão, de 30 novembro a 4 de dezembro.

Os últimos detalhes para a organização do evento foram acertados na última terça-feira à tarde, na sede do Confea, com participação de palestrantes e representantes de instituições que vão participar do Fórum organizado pelo Confea: Federação dos Sindicatos dos Engenheiros (FISENGE), Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres (SPM), Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTI), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Secretaria Nacional de Desenvolvimento Humano (SEDUH), Ministério de Minas e Energia (MME), Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e Universidade Holística Internacional (UNIPAZ).

Ao todo serão quatro painéis realizados nos dias 1 e 2 de dezembro, das 14 às 18 horas. Todas as palestras serão apresentadas por mulheres que se destacam na área tecnológica, com exceção do advogado e bibliófilo José Mindlin, convidado especial para falar sobre a atividade da mulher na área tecnológica. As palestrantes não vão se ater à questão do gênero, mas apenas apresentar projetos bem sucedidos que foram ou vêm sendo desenvolvidos por mulheres. O questionamento sobre a influência da participação feminina no resultado obtido fica por conta do público participante.

Uma das palestras de destaque será proferida pela eng.ª mecânica Líllian Maria Álvares, que vai mostrar como a tecnologia aplicada no contexto familiar e profissional pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. Em seu relato, ela vai contar como os seus conhecimentos de tecnologia da informação foram úteis no seu processo de readaptação à vida profissional. Após ter se submetido a um tratamento para engravidar, Líllan, que já era mãe de uma criança de dois anos, teve quadrigêmeos que nasceram prematuros. Para voltar a ter uma vida normal, ela desenvolveu um sistema de informação para escalonamento de babás e de horários de medicamentos e de uma série de providências a serem tomadas por babás e enfermeiras, além de instalar uma web cam para monitorar os bebês no local de trabalho.

De acordo com a coordenadora do Fórum, eng.ª mecânica Deodete Packer, consultora do Confea, a expectativa é de que o público inscrito seja bastante heterogêneo, formado por homens e mulheres profissionais, professores e estudantes do Sistema Confea/Crea, bem como representantes da sociedade organizada e demais interessados. “Nosso objetivo é destacar a participação das mulheres na área tecnológica como forma de estimular as novas gerações e, com isso, estimular a busca por cursos de tecnologia”, explica Packer. Segundo ela, existe um declínio da formação de engenheiros no país e no mundo. Além disso, ainda é pequena a inserção das mulheres nas profissões da área tecnológica, atualmente estimada em 15% no Brasil.

Rosângela Alanis - Crea/AM