Brasília, segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003.
O Colégio de Presidentes do Sistema Confea/Crea retomou suas atividades com a primeira reunião ordinária do ano, iniciada na manhã de hoje, na sede do conselho federal, em Brasília. A presença dos engenheiros de minas José Dias e Paulino Neto, respectivamente bastonário e vice, da OEA (Ordem dos Engenheiros de Angola), cargos correspondentes a presidente e vice da instituição, análoga aos Confea, marcou a primeira parte dos trabalhos.
Atentos, os angolanos acompanharam as primeiras discussões dos assuntos constantes na pauta que entre outros temas registra: definição de ações para continuar o Planejamento Estratégico do colegiado; a realização de Fiscalizações Preventivas Integradas (FPIs) na bacia do rio São Francisco, a campanha "Fácil acesso para todos" , sobre Acessibilidade, em parceria com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos; registro, fiscalização e acervo técnico, além de diversas questões nacionais e internacionais, entre elas o acordo de cooperação proposto pela a OEA ao Confea, e que segundo o presidente Wilson Lang, dá continuidade a um trabalho iniciado com a OEP (Ordem de Engenheiros de Portugal) para que profissionais dos dois países tenham direitos iguais e recíprocos tanto em Angola quanto no Brasil".
O acordo de cooperação da OEA propõem também assistência, direitos profissionais e sociais; permuta de publicações; intercâmbio de informações científicas e técnicas, assim como de ações a serem desenvolvidas nos países de língua portuguesa e, principalmente, projetos ligados à estruturação e implantação de instituições profissionais, ensino, legislação, concepção e execução de obras de engenharia.
José Dias, em sua apresentação, revelou que "Angola depois de 500 anos de domínio português, lutou numa guerra que não é nossa e só terminou ano passado deixando o país depauperado, destruído, com a população do interior vindo para a capital, Luanda, sem conseguir emprego".
Dias também falou que a OEA tem dez anos de criação mas começou efetivamente a funcionar há 5, e que embora os arquitetos e geólogos angolanos queiram ser representados, a instituição que por enquanto agrega apenas engenheiros angolanos, cerca de 600, do total de mil que atuam no país, entre eles muitos brasileiros trabalhando para a Construtora Odebrechet que mantém participação em empresas angolanas.
Maria Helena de Carvalho - Da equipe da ACS