Vila Velha (ES), sexta-feira, 19 de setembro de 2003. A palestra "Agrotóxicos: Impactos Ambientais e Reflexos na Saúde dos Agricultores e Consumidores", ministrada pelo Dr. e PHd, Igor Vassilieff, foi a exposição de maior expectativa do público que compareceu hoje (18/09) à cidade de Vila Velha (ES) para o Seminário Interestadual de Agricultura Sustentável.Igor Vassilieff, iniciou sua explanação esclarecendo sobre a questão legal dos agrotóxicos. "A nossa legislação é perfeita, mas o indivíduo que aplica o agrotóxico não segue adequadamente as instruções de uso do produto. O que mais acontece é o sujeito ter que diluir em um litro de água em 1200 mililitros de um determinado produto e na hora, ele dilui 1020 mililitros. Dessa maneira, a concentração fica muito maior e acaba contaminando os produtos".O Doutor exemplificou os inseticidas como "produtos químicos, na sua maioria orgânicos de íntese, de grande importância na agricultura para exterminar pragas que impedem a produção de alimentos". Mas, alertou para o fato de que o modo inadequado de seu uso é que cria problemas para o ser humano e animais, acarretando perda de saúde, por se tratar de substâncias tóxicas. O mais comum deles, segundo ele, é a intoxicação do sistema nervoso que pode acarretar inúmeras doenças como as oculares, respiratórias, gastrointestinais e cardiovasculares.Outro ponto lembrado foi relacionado à aplicação desses inseticidas. Quando não aplicado corretamente, com todas as medidas de segurança necessárias, o agricultor também é contaminado.O palestrante citou o tomate e o morango como os produtos mais perigosos produzidos e tratados com agrotóxicos. "Chega-se a usar cerca de 25 produtos diferentes para se combater todos os fitoparasitas e seus vetores que rondam as culturas do tomate. Nesse caso, Vasilieff aconselha tomar medidas básicas antes de consumir um tomate, como lavá-los numa solução de água e bicarbonato, de 20 a 30 minutos, para se combater os inseticidas, e numa solução de ácido acético, de 2 a 3 minutos, para se combater as amebas. Ele garante que não modifica o gosto do alimento, mas explica que não deixa o alimento 100% livre de resíduos de agrotóxicos".Comunicação Social - Crea-ES
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