Brasília, terça-feira, 7 de outubro de 2003. A aprovação de boa parte das propostas brasileiras, apresentadas pelo Sistema Confea/Crea, durante a XXVII Reunião Internacional da Comissão de Integração de Agrimensura, Agronomia, Arquitetura e Engenharia para o Mercosul, reafirma o grande interesse do Brasil no fortalecimento da Ciam.Entre as aprovações, está a que dispõe sobre as comissões especiais por especialidade, transformada na Resolução de nº 31. Agora, são oito os grupos: Agrimensura; Agronomia; Arquitetura; Engenharia Civil; Engenharia Elétrica, Eletrônica e Telecomunicações; Engenharia Mecânica, Aeronáutica, Naval e Industrial; Engenharia Química e Geologia e Minas.Para o andamento desses trabalhos, a Ciam-Brasil, coordenada pelo engenheiro eletricista e de Segurança do Trabalho, Élbio Maich, conselheiro do Confea, prepara para o próxima reunião, marcada para março de 2004, no Paraguai, o glossário dos temas técnicos a serem depois analisados pelas outras Ciams , na busca de um procedimento único entre os países.Em função das decisões tomadas, a reunião realizada na última semana de setembro, em Porto Alegre (RS), foi "muito produtiva e importante", na opinião de Élbio, para quem o "fortalecimento do Mercosul passa necessariamente pela integração da área tecnológica". Outra vitória da delegação brasileira, foi a aceitação por parte dos outros países, em analisar a criação da comissão especial de Engenharia de Segurança e Higiene do Trabalho, "grupo que ainda não está formado e de grande impacto social que precisa participar da Ciam", defende Élbio."A harmonização de objetivos entre as delegações foi fundamental para o sucesso do encontro", afirma o coordenador da Ciam-Brasil, para quem "o seminário que tratou da área tecnológica no Mercosul, realizado dia 26, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, pelo Crea-RS com o apoio do Confea e a Mútua - Caixa de Assistência dos Profissionais -, contribuiu muito para isso, esclarecendo quanto as possibilidades de crescimento e desenvolvimento do bloco, geração de emprego e renda, validação de diplomas, registro e atuação profissional".Mas nem tudo proposto pelo Brasil, foi aprovado. Em função de uma negativa anterior do Uruguai quanto a inclusão dos técnicos na Ciam, "propusemos que o tema fosse novamente discutido, mas na decisão final Paraguai e Argentina somaram-se à delegação uruguaia e não obtivemos sucesso", lamenta.As quatro delegações manifestaram também, por meio de carta endereçada aos senadores uruguaios e paraguaios, apoio ao projeto de regulamentação e criação de conselhos profissionais naqueles países. Num comunicado conjunto, os coordenadores da Ciam defendem a pronta ratificação e entrada em vigor do Protocolo de Montevidéu, sobre o Comércio de Serviços e a necessidade da incorporação de normas jurídicas no Mercosul. Maria Helena de Carvalho - Da equipe da ACS
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