Brasília, quinta-feira, 11 de dezembro de 2003.
Muito mais importante do que acertar sobre o que vai acontecer é compartilhar os cenários do futuro. Só assim todos os caminhos serão convergentes a um futuro melhor. Assim, a presidente da Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva, Elaine Coutinho Marcial, encerrou sua participação no painel nacional Cenários Prospectivos do Desenvolvimento Brasileiro, o primeiro da 60ª Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia, que acontece em Brasília, de 10 a 12 de dezembro.
De acordo com os estudos da Abraic, o aumento da expectativa de vida, levando a população a um maior envelhecimento está resultando numa série de novos comportamentos sociais, como o aumento do número dos postos de trabalho, principalmente no chamado terceiro setor e nos serviços baseados no conhecimento, com uma conseqüente redução nas jornadas de emprego e um maior equilíbrio entre família e trabalho.
“A interatividade, conectividade, velocidade e convergência entre as informações e os serviços estão, obrigatoriamente, ficando cada vez maiores”, afirma Elaine Marcial. A preocupação com um meio ambiente sustentável e o uso de modelos biológicos, que respeitam mais o ciclo natural da vida e dos acontecimentos, também foram pontos de destaque na palestra da presidente da Abraic.
Estabilidade com crescimento é o que prevê o diretor da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Antônio Sérgio Mello. Segundo ele, hoje estão definidos pré-requisitos para que o Brasil transite em direção ao crescimento, com a tendência de queda das taxas de juros, inflação em patamar estável, e queda do risco Brasil. “A estrutura produtiva do Brasil cumpre padrões internacionais de qualidade e competitividade. O processo de estruturação dos setores estratégicos, como os de energia e de transporte, contribuem para o estímulo do crescimento”, afirma.
Tendências – a terceira participação no painel nacional foi de Tânia Bacelar, secretária de Políticas de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, que fez uma análise das tendências históricas no país: a submissão, a herança da escravidão que, segundo ela, faz com que o Brasil se torne desigual. Nas tendências recentes, revela Tânia Bacelar, há o aprofundamento da crise e o aumento da carga tributária – antes do plano real era 25% e agora 35%. “Apesar de reduzimos o patrimônio público aumentamos a nossa dívida, há, ainda, a estagnação do crescimento e a redução”, frisa.
Mas nem tudo está ruim, segundo Tânia Bacelar. Ela cita como exemplo a consciência ambiental que ela considera positiva, já que poucos países no mundo têm o potencial da biodiversidade e de recursos hídricos como o Brasil, além do seu avanço tecnológico. Outro ponto positivo é que, a duras penas, o governo conseguiu melhorar o nível educacional, principal herança da escravidão.
Anna Fonseca (Crea/RS), Mata Roma (Crea/MA) e Rosângela Alanís (Crea/AM)
Muito mais importante do que acertar sobre o que vai acontecer é compartilhar os cenários do futuro. Só assim todos os caminhos serão convergentes a um futuro melhor. Assim, a presidente da Associação Brasileira dos Analistas de Inteligência Competitiva, Elaine Coutinho Marcial, encerrou sua participação no painel nacional Cenários Prospectivos do Desenvolvimento Brasileiro, o primeiro da 60ª Semana Oficial da Engenharia, Arquitetura e da Agronomia, que acontece em Brasília, de 10 a 12 de dezembro.
De acordo com os estudos da Abraic, o aumento da expectativa de vida, levando a população a um maior envelhecimento está resultando numa série de novos comportamentos sociais, como o aumento do número dos postos de trabalho, principalmente no chamado terceiro setor e nos serviços baseados no conhecimento, com uma conseqüente redução nas jornadas de emprego e um maior equilíbrio entre família e trabalho.
“A interatividade, conectividade, velocidade e convergência entre as informações e os serviços estão, obrigatoriamente, ficando cada vez maiores”, afirma Elaine Marcial. A preocupação com um meio ambiente sustentável e o uso de modelos biológicos, que respeitam mais o ciclo natural da vida e dos acontecimentos, também foram pontos de destaque na palestra da presidente da Abraic.
Estabilidade com crescimento é o que prevê o diretor da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Antônio Sérgio Mello. Segundo ele, hoje estão definidos pré-requisitos para que o Brasil transite em direção ao crescimento, com a tendência de queda das taxas de juros, inflação em patamar estável, e queda do risco Brasil. “A estrutura produtiva do Brasil cumpre padrões internacionais de qualidade e competitividade. O processo de estruturação dos setores estratégicos, como os de energia e de transporte, contribuem para o estímulo do crescimento”, afirma.
Tendências – a terceira participação no painel nacional foi de Tânia Bacelar, secretária de Políticas de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, que fez uma análise das tendências históricas no país: a submissão, a herança da escravidão que, segundo ela, faz com que o Brasil se torne desigual. Nas tendências recentes, revela Tânia Bacelar, há o aprofundamento da crise e o aumento da carga tributária – antes do plano real era 25% e agora 35%. “Apesar de reduzimos o patrimônio público aumentamos a nossa dívida, há, ainda, a estagnação do crescimento e a redução”, frisa.
Mas nem tudo está ruim, segundo Tânia Bacelar. Ela cita como exemplo a consciência ambiental que ela considera positiva, já que poucos países no mundo têm o potencial da biodiversidade e de recursos hídricos como o Brasil, além do seu avanço tecnológico. Outro ponto positivo é que, a duras penas, o governo conseguiu melhorar o nível educacional, principal herança da escravidão.
Anna Fonseca (Crea/RS), Mata Roma (Crea/MA) e Rosângela Alanís (Crea/AM)