quarta-feira, 2 de junho de 2004.
O crescimento acelerado dos cursos de agronomia no Piauí, especialmente os da Universidade Estadual, preocupa a Comissão de Educação do Sistema (CES). Hoje, a universidade dispõe de 11 cursos de agronomia espalhados pelo estado, numero considerado alto para a unidade da federação. Segundo o coordenador da CES, arquiteto Itamar Kalil, estes cursos não têm a devida infra-estrutura para oferecer educação adequada aos futuros engenheiros agrônomos.
Para tentar melhorar as condições para formação destes profissionais, a reunião ordinária da CES realizada na capital do estado, Teresina, entre 25 e 27 de maio, deliberou que o Crea-PI deverá manter e estreitar o diálogo com a universidade. Paralelamente, o Sistema alertará o Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre o problema. "Porém, tanto o Crea quanto o CNE não têm autonomia para interferir nas decisões da instituição, já que o sistema de ensino estadual responde exclusivamente à Secretaria de Educação do Piauí", lembra Kalil. A ação, portanto, deve ficar no campo político, o que não invalida a iniciativa: "a universidade se mostrou bastante acessível e quer discutir o assunto", afirma o arquiteto.
Além da questão referente aos cursos de agronomia no Piauí, a reunião ordinária da CES avaliou processos de registro de profissionais diplomados no exterior e projetos de lei que tramitam no Congresso. Na ocasião, ainda foram analisadas as solicitações por parte dos Creas pela inclusão de novos itens na tabela de títulos profissionais.
Gustavo Schor - Da equipe da ACOM