Mudanças e oportunidades para a engenharia brasileira

Natal, 28 de setembro de 2016.


"Presidente do Confea, José Tadeu da Silva, falou sobre as perspectiivas para a Engenharia, na abertura do Cobenge, ao lado do assessor parlamentar do Confea e ex-professor da UFRN, Pedro Lopes de Queirós (à esq)"
O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), engenheiro civil José Tadeu da Silva, participou da abertura do XLIV Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia (Cobenge), nessa terça-feira (27), em Natal (RN). O evento é promovido pela Associação Brasileira de Educação em Engenharia (Abenge), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e prossegue até a próxima sexta-feira (30). O objetivo é discutir a formação e o exercício profissional da engenharia no Brasil.

José Tadeu abordou o tema “A Engenharia a Favor do Brasil: Mudanças e Oportunidades”, em mesa coordenada pelo assessor parlamentar do Confea e professor aposentado da UFRN, Pedro Lopes de Queirós. Centenas de estudantes, professores, coordenadores de cursos de engenharia, representantes de instituições de ensino e de entidades de classe participaram ativamente das atividades propostas no primeiro dia do congresso.

Conjuntura

Em sua explanação, o presidente do Confea destacou a importância dos engenheiros no desenvolvimento do Brasil e disse que o tema abordado por ele foi escolhido pela conjuntura enfrentada pelo Brasil e, consequentemente, na engenharia. “Definimos esse tema ano passado para ser discutido na 73ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), realizada em Foz do Iguaçu (PR), pelo momento que o Brasil atravessa em que a palavra mais suave seria crise”, ressaltou.

"Bom público, formado por estudantes, pesquisadores e profissionais, acompanhou a palestra do presidente do Confea"

José Tadeu da Silva considera que, assim como o Brasil, outros países já enfrentaram sérias crises, mas conseguiram se reerguer porque investiram na engenharia. “Nesses países, 70% das decisões estão nas mãos dos engenheiros. Se o Brasil quiser afastar a crise, tem que ser através da engenharia”, afirmou.

O presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia afirmou que, atualmente, no âmbito federal são mais de 20 mil obras inacabadas. Ressaltando a importância do planejamento para o desenvolvimento do país, ele comentou que “não há prejuízo pior para uma nação do que uma obra inacabada em que o dinheiro foi investido e a obra não está servindo à sociedade. Isso é reflexo da falta de planejamento no gerenciamento dessas obras. É preciso ter profissionais da área tecnológica para mudar isso”.

Para modificar o quadro, segundo o engenheiro civil, é necessário o Brasil investir em infraestrutura. “Quando há investimento, há desenvolvimento através da engenharia”, disse José Tadeu, ressaltando que o Brasil ainda tem muito a crescer nas áreas de saneamento, energia, habitação e transporte público.

Erta Souza
Assessoria de Comunicação do Crea-RN