Machado deixa a CAN com saldo positivo

Brasília, 12 de dezembro de 2005

Resultado de um acordo com seu suplente, o eng. mecânico Liberalino Jacinto de Souza, o conselheiro federal e coordenador da Comissão de Assuntos Nacionais, eng. mecânico e de segurança do trabalho Francisco Machado da Silva, deixa o plenário e a coordenação da CAN para assumir a presidência da Anest (Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho), vinculada ao Cden. Liberalino assume em 1º de janeiro e cumpre, na ativa, o último ano de mandato.
 
Natural de Belo Horizonte, 58 anos, Machado está no Sistema há mais de 20  e como poucos,  conhece os meandros da instituição. Olhando para 2005, Machado afirma que “das quatro mega atividades da administração Wilson Lang, duas são da CAN. Trata-se da formação e implementação da Frente Parlamentar pela Engenharia e o Projeto de Comunicação”.
 
As outras duas não foram capitaneadas pela CAN mas marcam, na opinião de Machado, a passagem de Lang à frente do Confea, a implementação do SIC (Sistema de Informação Confea/Crea) para cadastramento e a aprovação da Resolução 1010 que foi uma revolução.
 
“Para se ter uma idéia, esses quatro passos dados repercutirão pelos próximos 10 ou 15 anos! A criação da Frente, costurada junto ao Conselhão  que reúne os conselhos de profissões regulamentadas  e junto aos parlamentares no Congresso Nacional, foi um trabalho bem elaborado. Mas tivemos ainda a realização dos fóruns temáticos que discutiu entre outros temas, a transposição do rio São Francisco e a engenharia, arquitetura e agronomia públicas, por exemplo”.  
 
Ele cita também, a realização do V Congresso Nacional de Profissionais, em São Luís, em 2004. “Estamos fazendo o acompanhamento da implementação das 44 propostas e cinco moções  aprovadas por aquele fórum”.
 
O conselheiro acredita ainda que outra vitória, “foi à conquista de trazer para o Brasil, mais precisamente para Brasília, em 2008, o WEC 2008, congresso mundial de engenheiros. O que coloca nosso país no mesmo patamar da Alemanha, onde aconteceu a primeira edição do evento e à China, que abrigou a segunda”.
 
Machado considera “mais que positivo” o saldo de atividades da CAN este ano “o que leva a termos uma perspectiva muito boa com relação a atuação da comissão em 2006”, afirma.
 
Olhando para o futuro imediato, Machado chama a atenção para a continuidade das ações relativas a trazer os estudantes da área tecnológica para junto do Sistema, “mesmo antes da conclusão de seus estudos, assim como as mulheres porque nosso Sistema está envelhecendo e a participação feminina diminuindo na área tecnológica e crescendo nas áreas de Saúde e de Humanas. Temos que reverter esse quadro”.
 
Outro foco que precisa continuar sendo trabalhado, na opinião de Machado, é a Frente Parlamentar, assim como as atividades do Conselhão. Mas ele alerta para a necessidade da criação de uma comissão permanente de Ética, proposta que deve ser apresentada pela CAN, ano que vem.
 
“Quanto à Semana Oficial de Engenharia, temos uma proposta de trazer para o evento, um prêmio Nobel, o que valorizaria por demais o evento e daria uma ótima projeção para o Sistema”.
 
Machado afirma que “muita coisa foi e está sendo feita, “temos que dar seqüência. Isso não pode parar”.
 
Por Maria Helena de Carvalho
Da equipe da ACOM