José Tadeu prestigia VIII Congresso Estadual de Maceió

Maceió, 5 de julho de 2013

As profissões da área tecnológica (como as engenharias, agrimensura, geografia, geologia, agronomia, meteorologia e técnicos industriais e agrícolas) são regulamentadas pela lei 5.194 de 1966. Vinte e dois anos antes da Constituição, outorgada em 1988 e que, 47 anos depois, já mostra indícios de vários pontos que precisam ser repensados e reformulados para atender as demandas atuais da sociedade brasileira. Conscientes da lacuna existente entre as leis e o modelo atual de trabalho, as lideranças do Sistema Confea/Crea e Mútua reuniram-se nos dias 04 e 05, em Maceió, para o 8º Congresso Estadual dos Profissionais (8º CEP) respaldado no tema de um  marco regulatório que tem a finalidade de propor a reformulação da legislação vigente.

No 8º CEP os profissionais puderam trocar experiências, conhecer a situação e os gargalos que entravam o Sistema para poder trabalhar de forma integrada e tornar realidade as reivindicações da categoria. Essas reivindicações foram transformadas em propostas para serem levadas para discussão no 8º CNP – Congresso Nacional dos Profissionais, que acontece de 09 a 14 de setembro simultaneamente com a Soea – Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, na cidade de Gramado (RS). Proposições aprovadas serão remetidas ao Congresso Nacional.

Na abertura - “Este Congresso serviu para atualizar e reestruturar nossa legislação. Vivemos um novo tempo e precisamos ter responsabilidade com as gerações do porvir. Este é o momento ímpar de nos posicionar e cobrar as melhorias que a população necessita”, defendeu o presidente do Crea/AL, Roosevelt Patriota, na solenidade de abertura, no dia 04.

Participaram do evento autoridades estaduais e municipais como os deputados alagoanos Fernando Toledo (presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas) e Inácio Loiola, o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Napoleão Casado (representou o governador), o secretário de Estado do Trabalho, Alberto Sextafeira, o prefeito da cidade de Aracaju, João Alves Filho, a conselheira  federal do Confea, Ana Constantina Sarmento Azevedo, o presidente do Crea Mato Grosso do Sul, Jari de Castro, que representou o Colégio de Presidentes,  o diretor-presidente da Mútua, Cláudio Calheiros,  o Reitor do Centro de Estudos Superiores de Maceió(CESMAC),  João Sampaio e o Secretário Municipal de Governo, representando o prefeito de Maceió, Marcelo Bentes.

A palestra de abertura, proferida pelo prefeito de Aracaju (SE), engenheiro civil João Alves Filho, chamou à atenção de um público atento para um problema grave que poderá ser a falta de água, em um futuro bem próximo, para abastecimento nos Estados de Sergipe e Alagoas: a morte do Rio São Francisco pelo assoreamento galopante. O palestrante deu ênfase à competência profissional para o desenvolvimento e a revitalização do Rio São Francisco que, segundo o engenheiro, é a única solução para dar vida a um rio que está morrendo a partir da foz. “O São Francisco está parecido com os Rios Amarelo (China) e Ganges (Índia) há alguns anos. Se não fizermos a revitalização urgente do rio da integração nacional, em questão de 20 anos ele vai morrer como aconteceu com os asiáticos”, garante.

Na plateia, acompanhavam a exposição de João Alves os presidentes dos Creas de todo o Brasil. E, na mesa de honra, o presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) José Tadeu da Silva, que prestigiava a abertura do evento e participava da 3ª. Reunião Ordinária do Colégio de Presidentes. Ao lhe ser concedida a palavra, ele afirmou que o Sistema tem por objetivo colocar a engenharia nacional a serviço do país porque o Brasil, para se desenvolver, depende das engenharias. “Se o país investir em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação, seremos a maior potência do mundo”, avalia.

Por Iracema Ferro (Jornalista) e Eanes Melo (Ascom/Crea-AL)