Porto Alegre (RS), quinta-feira, 23 de janeiro de 2003. Debates revelam a necessidade de formação profissional voltada para a sociedadePara repensar a educação, temos que começar repensando nós mesmos enquanto educadores, cidadãos e representantes de categorias profissionais visando a transformação mundial", afirmou o arquiteto Itamar Kalil, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA e conselheiro federal do Sistema Confea/Crea, depois de participar do II Fórum Mundial de Educação, encerrado ontem em Porto Alegre. Para ele, a realização das discussões sobre Educação às vésperas do III Fórum Social Mundial foi muito positiva porque estabeleceu uma relação direta entre as questões da área e os conceitos que norteiam o FSM. "Repensar nosso papel é ter uma visão integrada das mudanças sociais através da educação que é agente transformador do mundo. E o Sistema Confea/Crea tem que manter viva a chamado debate a fim de alcançarmos progressos tanto para a sociedade quanto para os profissionais.Tudo o que se fala sobre o FSM, passa pela educação no sentido de buscarmos uma transformação mundial", sintetiza a também conselheira federal pelo Crea-RS e diretora do Centro de Tecnologia da UFSM (RS), engenheira Nilza Luiza Zampieri, "É grande a ansiedade em mudar a relação professor/aluno. Temos que construir conhecimento e não somente ensinar", afirma.Nilza acredita que se cada um dos 30 mil participantes do II FME, funcionando como agente multiplicador, fizer uma ação concreta a partir das discussões realizadas durante quatro dias, "no próximo encontro constataremos mais progressos na sociedade. É necessário termos uma educação voltada para o social, para o ser humano", defende.Para ela, "essas mudanças também evidenciam a necessidade de Sistema Confea/Crea e universidades caminharem juntos, de forma sincronizada".Sobre isso, Kalil, também foi responsável pela organização da participação do Sistema Confea/Crea no III FSM, acredita que a formação do profissional não deve visar somente atender as necessidades do mercado mas proporcionar uma visão crítica, cidadã, mais voltada para as necessidades da sociedade, principalmente para as pessoas com baixa renda. Este ano, a oficina que realizaremos Sexta-feira, na PUC, das 14h30 às 18h, sobre engenharia, arquitetura e agronomia públicas, que visam oferecer suporte técnico para a melhoria da qualidade de vida, buscará mecanismos que comprometam governo, instituições e profissionais num projeto amplo que com certeza trará resultados positivos para as comunidades carentes". Maria Helena de Carvalho - Da equipe da ACS
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