Brasília, quinta-feira, 28 de agosto de 2003.
"Pelas circunstâncias das nossas atividades e pelas características do órgão temos que desenvolver ações conjuntas de cooperação para consolidar uma visão ambiental que permita deixarmos um país mais sadio para as gerações futuras". A declaração é do presidente do Confea, eng. Wilson Lang, referindo-se ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Ibama. O presidente do órgão, Marcus Barros, proferiu palestra sobre as atividades do Instituto no novo governo no primeiro dia da reunião plenária 1.317, realizada nos dias 27, 28 e 29 de setembro.
Marcus Barros ressaltou que o governo Lula quer dar ao meio ambiente uma visão distinta do que se teve até agora. "Nem eu sou, nem o Ibama é estritamente ecologista. Temos a consciência de uma postura desenvolvimentista" disse o presidente.
Ele enfatizou que é justamente este ponto de equilíbrio que o Ibama vai perseguir. "Queremos ouvir o que a consciência técnica e empresarial pensa da questão ambiental e quais as suas expectativas em relação ao Ibama", convidou.
O presidente fez uma apresentação da estrutura do órgão, informando que o Ibama tem 14 anos de existência, hoje com 400 pontos no país e uma capilaridade só comparada aos Correios e ao Exército. Segundo a legislação, seu papel é de fiscalização e licenciamento ambiental. "O que chamei de visão distinta da que teve até agora é justamente não colocar esses dois papéis como carro chefe únicos e exclusivos. Precisamos colocar a questão ambiental no coração do povo brasileiro e, como política de governo, no coração do governo", deixou claro.
Transversalidade - Segundo Barros, o Ibama já caminha nessa direção por dois caminhos. O primeiro deles é a transversalidade, que significa estar em todos os Ministérios e sensibilizá-los para a função ambiental. "Sem o meio ambiente não há a vida que o mundo reclama do Brasil e que o Brasil reclama de si", disse.
O presidente se mostrou consciente de que o desenvolvimento traz em seu bojo danos ambientais, mas lembrou que estes problemas podem ser resolvidos com a técnica acumulada. "Não nos interessa mantermos exclusivamente o caráter policialesco do Ibama e nem destruir o meio ambiente na busca do lucro fácil. Nosso presidente já deixou claro que o seu governo tem como premissa, negociar até que se esgotem todas as possibilidades e é assim que vamos agir no Ibama", informou.
O segundo caminho é a questão dos recursos. "Há necessidade não só de sensibilizar, mas também de deixar claro a demanda de recursos. Sem eles não há bioma a preservar".
Falando dos grandes desafios do Ibama, o presidente citou a questão petrolífera e, se referindo a retomada do crescimento, mencionou a transposição das águas do Rio São Francisco.
Debate - No debate que seguiu a palestra, os assuntos de mais destaque foram: revitalização do rio São Francisco, que é opinião unânime tem que anteceder a transposição, exploração sustentável, hidrovias, psicultura e licenciamento de empreendimentos, entre outros.
Bety Rita Ramos - Da equipe da ACS
"Pelas circunstâncias das nossas atividades e pelas características do órgão temos que desenvolver ações conjuntas de cooperação para consolidar uma visão ambiental que permita deixarmos um país mais sadio para as gerações futuras". A declaração é do presidente do Confea, eng. Wilson Lang, referindo-se ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Ibama. O presidente do órgão, Marcus Barros, proferiu palestra sobre as atividades do Instituto no novo governo no primeiro dia da reunião plenária 1.317, realizada nos dias 27, 28 e 29 de setembro.
Marcus Barros ressaltou que o governo Lula quer dar ao meio ambiente uma visão distinta do que se teve até agora. "Nem eu sou, nem o Ibama é estritamente ecologista. Temos a consciência de uma postura desenvolvimentista" disse o presidente.
Ele enfatizou que é justamente este ponto de equilíbrio que o Ibama vai perseguir. "Queremos ouvir o que a consciência técnica e empresarial pensa da questão ambiental e quais as suas expectativas em relação ao Ibama", convidou.
O presidente fez uma apresentação da estrutura do órgão, informando que o Ibama tem 14 anos de existência, hoje com 400 pontos no país e uma capilaridade só comparada aos Correios e ao Exército. Segundo a legislação, seu papel é de fiscalização e licenciamento ambiental. "O que chamei de visão distinta da que teve até agora é justamente não colocar esses dois papéis como carro chefe únicos e exclusivos. Precisamos colocar a questão ambiental no coração do povo brasileiro e, como política de governo, no coração do governo", deixou claro.
Transversalidade - Segundo Barros, o Ibama já caminha nessa direção por dois caminhos. O primeiro deles é a transversalidade, que significa estar em todos os Ministérios e sensibilizá-los para a função ambiental. "Sem o meio ambiente não há a vida que o mundo reclama do Brasil e que o Brasil reclama de si", disse.
O presidente se mostrou consciente de que o desenvolvimento traz em seu bojo danos ambientais, mas lembrou que estes problemas podem ser resolvidos com a técnica acumulada. "Não nos interessa mantermos exclusivamente o caráter policialesco do Ibama e nem destruir o meio ambiente na busca do lucro fácil. Nosso presidente já deixou claro que o seu governo tem como premissa, negociar até que se esgotem todas as possibilidades e é assim que vamos agir no Ibama", informou.
O segundo caminho é a questão dos recursos. "Há necessidade não só de sensibilizar, mas também de deixar claro a demanda de recursos. Sem eles não há bioma a preservar".
Falando dos grandes desafios do Ibama, o presidente citou a questão petrolífera e, se referindo a retomada do crescimento, mencionou a transposição das águas do Rio São Francisco.
Debate - No debate que seguiu a palestra, os assuntos de mais destaque foram: revitalização do rio São Francisco, que é opinião unânime tem que anteceder a transposição, exploração sustentável, hidrovias, psicultura e licenciamento de empreendimentos, entre outros.
Bety Rita Ramos - Da equipe da ACS