Fórmula com base em indicadores busca dinamizar arrecadação do Sistema Confea/Crea

Brasília, 11 de março de 2016.

"Presidente do Confea, José Tadeu (à esq.), aprovou a iniciativa: “É importante que esse trabalho alcance os Regionais, é uma boa ferramenta. Nossa meta é melhorar a performance dos Conselhos”"

A busca de uma fórmula matemática a ser aplicada pelo Sistema Confea/Crea que estabeleça Indicadores de Gestão capazes de melhorar a administração e potencializar receitas foi o  tema da apresentação do conselheiro federal Marcos Motta, coordenador da Comissão Temática Indicadores de Gestão, que na manhã da quinta-feira (10) abriu os trabalhos do segundo dia da Sessão Plenária nº 1428, presidida por José Tadeu da Silva.

Ao longo da apresentação, os conselheiros tomaram conhecimento dos estudos feitos pela Comissão de Indicadores de Gestão sobre a busca de uma formulação matemática. O desenvolvimento da pesquisa contou com a participação de 13 Creas, que forneceram dados importantes para a elaboração de projeções.

A definição dos conceitos com relação a indicadores estratégicos, indicadores de qualidade,  quantificação, capacidade, resultados e produtividade, a receita média de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) por profissional, a arrecadação vinda de empresas e o perfil da arrecadação com as ARTs foram considerados nos estudos elaborados pelos integrantes da comissão instituída pela Decisão Plenária nº 442/2015 e composta pelos conselheiros Lúcio Antônio Ivar do Sul, Jorge Roberto da Silveira, Romildo Florentino Cavalcanti e Vinicius Marchese Marinelli, coordenados por Motta.

"Para Marcos Motta, a participação dos conselheiros na continuidade do estudo da fórmula é fundamental"

Para o coordenador, “os estudos devem continuar com a colaboração dos conselheiros, que conhecem a região onde atuam e podem agregar informações que aperfeiçõem os indicadores”. Segundo Motta, a fórmula que está sendo elaborada indica que “poderá reverter o quadro atual, o qual revela baixa arrecadação vinda da emissão de ARTs”.

Recebidos com entusiasmo pelos conselheiros, os estudos deverão uniformizar procedimentos e ajudar a identificar gargalos, além de dinamizar a atuação da fiscalização.

Motta afirma que “se essa fórmula matemática já existisse, a realidade seria outra para os Creas e para o Sistema como um todo”, finalizou.

Grande valia - Leonides da Silva Neto, do Crea de Pernambuco, sugeriu que nos estudos seja incluído o diagnóstico individual de cada Regional e defendeu “a participação de todos os Creas na busca de um equilíbrio de gestão”.

A aplicação da fórmula – que já baseia uma possível Resolução futura, a ser levada para análise do plenário federal – exige treinamento e aquisição de tecnologia, alertou Leonides, para quem “os indicadores facilitarão o aperfeiçoamento de linhas de crédito”.

"Conselheiros federais fizeram considerações sobre o estudo,  a fim de aprimorar a gestão do Sistema"

“Vista como um instrumento de governança, a formulação matemática será de grande valia”, disse o presidente José Tadeu, que aprovou a iniciativa da Comissão. Já o conselheiro Mário Amorim considerou precisas as informações técnicas apresentadas pelo estudo, e o diretor-presidente da Caixa de Assistência dos Profissionais dos Creas (Mútua), Paulo Guimarães, já adiantou que a entidade também buscará dinamizar sua atuação com base nos estudos apresentados.

O presidente do Confea disse ainda que o Sistema vem buscando seu aperfeiçoamento, o que para ele é salutar. “Além de mostrar ao TCU que buscamos melhorar nossa gestão”, afirmou. José Tadeu completou ainda: “É importante que esse trabalho alcance os Regionais, é uma boa ferramenta. Nossa meta é melhorar a performance dos Conselhos”.

Composição de plenários
Ainda durante a sessão, os conselheiros aprovaram a criação de grupo de trabalho para estudo e definição da sistemática aplicada para a representação das categorias, modalidades profissionais e respectivas jurisdições para composição do plenário do Confea.

A proposta é atualizar a rosa dos ventos – mecanismo que estabelece o rodízio para ocupação das cadeiras do plenário –, conforme definido na Decisão PL-0039/2014, de forma que, na medida do possível, seja observada a equivalência em número de anos no interstício da representação dos Estados, a lógica da sequência das modalidades representadas e o disposto no art. 32 da Lei nº 5.194, de 1966.

O GT será composto pelos conselheiros federais Jolindo Rennó Costa e Mário Varela Amorim, que irá coordenar o grupo. Também irão participar os representantes do  Colégio de Presidentes: Carlos Alberto Kita Xavier (Crea-SC), Dirson Artur Freitag (Crea-MS) e Modesto dos Santos (Crea-RN).

Também foi aprovado nessa quinta-feira o cronograma de atividades relativo à composição dos plenários dos Creas para 2017, a ser cumprido no exercício 2016. Com isso, os Regionais terão que, até 31 de agosto de 2016, com base no § 1º do art. 16 da Resolução n° 1.071/2015, enviar para o Confea a proposta de composição de seus plenários para o exercício de 2017.

Maria Helena de Carvalho e Julianna Curado
Equipe de Comunicação do Confea