Espanha ocupará provisoriamente presidência do Conselho das Associações de Engenheiros Civis de Países de Língua Portuguesa e Castelhana

Rio de Janeiro, 14 de março de 2019.

"Presidente do Crea-SP, Vinicius Marchese, foi convidado a compor a mesa de trabalhos do Encontro "

Em uma reunião marcada pela suspensão voluntária do mandato do Bastonário da Ordem de Engenheiros de Portugal, Carlos Mineiro Aires, em favor do presidente do Colégio de Engenharia de Caminhos, Canais e Portos, Juan Antonio Santamera, e ainda em torno do debate sobre a mobilidade profissional, teve continuidade, na tarde desta quinta (14), o 10º Encontro do Conselho das Associações Profissionais de Engenheiros Civis dos Países de Língua Portuguesa e Castelhana, que prossegue até amanhã, no Rio de Janeiro.

Ao lado da formação profissional, do qual participará o conselheiro federal Osmar Barros Jr., do Confea, o tema será debatido ao longo do ano em grupos formais definidos durante a reunião. “Queremos perceber as diferenças entre cada um de nós para podermos depois ter um denominador comum, obedecendo as legislações de cada país”, considerou o vice-Bastonário da OEP, Fernando Santos.


Veja fotos do Encontro


Para o Bastonário, a suspensão do seu mandato, durante o período de um ano, se deu de forma consensual, seguindo o estatuto da organização. “Foi uma gentileza que fiz, atendendo ao pedido pessoal do Juan, em seu último ano de mandato. Ele merece ocupar essa função”. Ao que Juan, agradecendo a disponibilidade, manifestou sua intenção em estabelecer o cenário da Engenharia Civil dos países participantes e promover o intercâmbio profissional, nos termos do Termo de Reciprocidade, firmando entre o Confea e a OEP. “É possível que a Espanha e o Confea promovam um acordo semelhante. Temos 26 mil engenheiros civis, enquanto o Brasil tem 350 mil. E isso é interessante para todos”.

Mobilidade profissional e desafios da Engenharia


"Novo presidente interino do Colégio, o espanhol Juan Santamera"

O presidente do Crea-SP, eng. telecom. Vinicius Marchese, participou dos debates no período da tarde. “É muito importante participar de um evento dessa dimensão, inclusive pela facilidade, para conhecer experiências. Viemos colaborar com o Confea para apontar o que podemos fazer para desenvolver a Engenharia Civil e contribuir com a sociedade”, considerou, destacando a atração do Termo de Reciprocidade entre os profissionais paulistas. “A resistência inicial se transformou em boa expectativa de atuação profissional”. Vinicius também destacou o incremento das atividades de fiscalização desenvolvidas pelo Crea-SP desde 2016, como em relação ao mapeamento dos viadutos paulistanos e na intermediação de projetos de lei municipal e estadual em favor da manutenção periódica das obras de arte.

Também preocupado em contextualizar o evento com a sua atuação, o presidente do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, eng. civ. Pedro Celestino, lamentou a falta de perspectivas para a engenharia brasileira no atual momento político e econômico. “Não há perspectiva de valorização da engenharia brasileira e de preservação da nossa soberania, principalmente diante do cenário de desmonte do patrimônio público de mais de 80 anos”, afirmou, também em entrevista, ressaltando a necessidade de retomar o Simpósio SOS Brasil Soberano, promovido ano passado pela Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge).

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Henrique Nunes

Equipe de Comunicação do Confea

Fotos: Jônatas Padilha/Confea