Engenheiros debatem segurança do trabalho em congresso em Campo Grande

Campo Grande, 26 de novembro de 2015.

"Engenheiro Nelson Burille, do Rio Grande do Sul, ministra curso sobre perícias trabalhistas nesta quarta-feira"

A Associação Sul-Mato-Grossense de Engenharia de Segurança do Trabalho (Asmest), com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) promove de 25 a 27 de novembro, em Campo Grande, o 5º Congresso Brasileiro de Engenharia de Segurança do Trabalho, que tem como tema nesta edição “Ensino e profissão”.

A abertura oficial do evento será nesta quinta-feira (26) às 19h, no Crea-MS (Rua Sebastião Taveira, 272, bairro Monte Castelo). A programação teve início nesta quarta-feira com cursos de perícias trabalhistas e gestão em segurança do trabalho.

De acordo com a conselheira do Crea-MS e engenheira de segurança do trabalho, Elizabeth Cox Leite, o ensino e a profissionalização da engenharia de segurança do trabalho requerem  sempre debates com o objetivo de  promove maior conscientização de todos os integrantes do processo. Ela explica que, a depender do grau de risco, empresas com mais de 50 trabalhadores contratados sob regime da Consolidação das Leis Trabalhistas devem contratar com profissionais especializados em medicina e segurança do trabalho.

Dados do INSS, a partir de 2007, apontam aumento no número de acidentes típico, de trajeto e doença ocupacional, o que segundo a engenheira é um contrassenso em relação ao aumento das medidas de segurança disponíveis e a difusão das mesmas. Em 2013, Mato Grosso do Sul foi o 18º Estado em número de trabalhadores e foi o 14º do país em registro de acidentes, com 11.402 de um total de 717,9 mil ocorrências. O número de óbitos levou o Estado ao 15º lugar, com 48 mortes ocasionadas por acidentes de trabalho.

Números no país

De acordo com o Ministério da Previdência Social, se fosse possível traçar um perfil médio do trabalhador brasileiro que mais sofreu acidentes em 2012, ele seria do sexo masculino, teria entre 25 e 29 anos de idade e viveria na região Sul, mais especificamente em Santa Catarina (o estado registra o maior número de ocorrências para cada 100 mil trabalhadores). 

Setor de Comunicação do Crea-MS