Educação de qualidade e valorização profissional pautam os trabalhos da Coordenadoria Civil este ano

Brasília, 20 de março de 2019.

Primar por uma educação de qualidade e valorizar o profissional são as metas prioritárias do plano de trabalho 2019 da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Civil (CCEEC), que tem como titular o engenheiro civil Carlos Eduardo Domingues e Silva (Crea-PA), reeleito para o cargo.

"Coordenador da CCEEC, Carlos Eduardo Domingues e Silva"

Com quase 40 anos de carreira, Carlos sempre teve uma atuação ativa em relação aos temas relacionados à profissão. Conheça um pouco do currículo do coordenador: já foi presidente interino do Crea Pará assim como também foi vice-presidente do Regional;  atualmente preside o Instituto de Avaliação e Perícia de Engenharia do Pará (Iapep); é vice-presidente Associação Brasileira de Engenheiros Civis (Abenc) Pará e vice-presidente da Federação Nacional dos Engenheiros Civis . Além disso, foi coordenador de cursos da Iapep; de pós-graduação do Instituto de Pós-graduação e Graduação (Ipog) e professor na instituição. Carlos ainda tem em seu currículo o título de especialista em Avaliações e Perícias de Engenharia; especialista em Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental e especialista em Engenharia Sanitária e Ambiental.


Veja na entrevista as metas do engenheiro que estará à frente da Coordenadoria Nacional que abrange o maior número de profissionais registrados no Sistema.


Dentre os assuntos tratados pela Câmara, qual o senhor acha que precisa de um olhar mais urgente e apurado?

A formação do engenheiro, em todas as suas modalidades (com raras exceções) pela metodologia adotada pelo Ministério da Educação, de diretrizes únicas para as Engenharias, bem como a diminuição da carga horária mínima dos cursos na formação presencial, que vem preocupando a engenharia civil a qual representamos no Sistema Confea/Crea.
Buscaremos junto às outras modalidades e a Ceap (Comissão de Educação e Atribuição Profissional)  uma ampla discussão sobre o assunto para uniformizar ações pelo Confea, na área educacional, na busca da valorização do professor e com isso uma melhor qualidade na formação do engenheiro.
A engenharia civil defende diretrizes curriculares específicas para cada modalidade, como já ocorre com a engenharia de produção.
Outra grande preocupação é o ensino a distância para a engenharia civil. A formação do engenheiro civil tem que ser ampla e consistente, com muito ensino em laboratórios específicos, pois é uma profissão que projeta e executa obras de grande porte, e erros se ocorrerem podem ocasionar centenas de mortes. Entendemos que o volume de formandos não é importante, pois o mercado de trabalho não consegue absorver, e sim a qualidade.
Se somos críticos com o ensino presencial, imaginem então com o ensino a distância, uma vez que não existem critérios sólidos de fiscalização pelo Ministério da Educação, e ainda, a sociedade por não ter conhecimento detalhado deste assunto, não tem como cobrar de forma eficaz o perfeito funcionamento do ensino a distância.
 

Para este ano, o que o senhor destacaria no plano de trabalho da Câmara?


A proposta do plano de trabalho da Coordenadoria Nacional está totalmente voltada para a valorização da engenharia civil, não entrando em polêmicas que possam ser acionadas por outras modalidades.
A coordenação nacional entende que a questão de atribuições de todas as modalidades está bem definida pelo Decreto 23579/33 e assim deve ser respeitada. Com isso resultará na união dentro do Sistema de todas as modalidades, fortalecendo essas profissões e com isso a sociedade como um todo.
Um trabalho de engenharia em uma obra de vulto envolve o conhecimento de diversos engenheiros especializados e de diversas modalidades. As pequenas obras e serviços devem ser executados pelo profissional que se sentir capacitado e responsável pelos seus atos e assim acabando com a reserva de mercado, que alguns querem fazer desrespeitando a lei que regulamenta as profissões da área tecnológica.

 
Quais são as suas perspectivas à frente da coordenação?
Um trabalho forte e dedicado para a valorização profissional, buscando desenvolver metodologias e atos que possam ser fiscalizados pelo Sistema Confea/Crea, em defesa da sociedade e do bom profissional. Para isso ser possível, é muito importante a participação e compromisso dos conselheiros federais.

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Fernanda Pimentel
Equipe de Comunicação do Confea