Edimilson Machado de Almeida

Engenheiro Agrônomo pela Escola Agronômica da Bahia, em Cruz das Almas, em 1961; Especialista em Cultura do Coco pelo Institut de Recherche pour Les Huiles e Oleagineux (IRHO), Paris (França), em 1962; Cursado em Melhoramento de Sementes e Melhoramento Genético e Reprodução de Ovinos e Caprinos, pelo Departamento Nacional de Pesquisa e Experimentação (DNPEA), em 1966; Irrigação e Desenvolvimento da Região da Califórnia (Estados Unidos), em 1985; Executivo de Pesquisa para o DNPEA, em 1975

Nascimento: Lagarto (SE), 05 de abril de 1937 
Indicação: Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (Aease) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE)


Desbravador, um trabalhador-pesquisador incansável, obstinado e agregador de talentos, na opinião de profissionais, professores, estudantes e claro, pesquisadores, que conviveram ou mesmo conheceram o trabalho de Edimilson Machado de Almeida. Seu pioneirismo se revela a cada passo de sua trajetória profissional iniciada no Instituto de Pesquisa Agropecuária do Leste (Ipeal), entidade precursora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Primeiro colocado no vestibular, Edimilson aprendeu a produzir comida na Escola de Agronomia do Brasil – a primeira do país, criada pelo imperador D. Pedro I. Ele conta que, como pesquisador da cultura do coco, buscou conhecimentos no país, na África e na França e confessa que a decisão de fazer Agronomia tem muito a ver com a convivência no campo, com o pai.

Como pesquisador da cultura do coco, Edimilson buscou conhecimentos no país, na África e na França

Aos 82 anos, o agrônomo ostenta um currículo que vai da Estação Experimental do Ipeal à Secretaria da Agricultura de Sergipe, numa trajetória pontuada por projetos inovadores de colonização, desenvolvimento da agropecuária, apoio ao cooperativismo, fortalecimento da extensão rural e de assentamento rural.

Sempre com mais de uma atividade ao mesmo tempo – Edimilson coordenou as estações experimentais de Sergipe, a chamada Sementeira, e as de Quissamã, Nossa Senhora das Dores e Nossa Senhora da Glória. Criou a de Boquim, e ampliou a pesquisa com as culturas da mandioca e cana-de-açúcar. Fez o mesmo com a pecuária, nutrição animal e pastagens.

Edimilson teve uma atuação destacada na área agronômica de seu estado natal, buscou parcerias com a Embrapa, com a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Banco do Brasil, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), entre outras instituições. Chegou ao governo federal, ocupando o cargo de secretário-geral-adjunto do Ministério do Interior.

Aos 82 anos, o agrônomo ostenta um currículo que vai da Estação Experimental do Ipeal à Secretaria da Agricultura de Sergipe, numa trajetória pontuada por projetos inovadores de colonização, desenvolvimento da agropecuária, apoio ao cooperativismo, fortalecimento da extensão rural e de assentamento rural.

Reconhecido em vida com diplomas de Honra ao Mérito, troféus e comendas, Edimilson assina publicações e trabalhos, entre eles: “Como produzir uma boa muda de coco”, de 1970 e “A ação do governo de Sergipe no Setor Agrícola”, de 1972. Essa produção revela uma preocupação com a formação profissional e com especialização e atualização das equipes com as quais atuava.


Trajetória profissional

Pesquisador da cultura do coco no Instituto de Pesquisa Agropecuária do Leste – Ipeal (1961); Chefe do Ipeal-SE (1964); Chefe da Subestação Experimental de Aracaju do Departamento Nacional de Pesquisa e Experimentação  – DNPEA, do Ministério da Agricultura (1963-1971); Secretário da Agricultura e Superintendente da Agricultura e Produção – Sudap (1971-1975); Chefe da Superintendência da Embrapa, em Sergipe (1975-1977); Diretor regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf  (1978-1981); Secretário de Agricultura de Sergipe (1983-1987) e (1991-1994); Secretário-geral-adjunto do Ministério do Interior (1987-1990); Autor de publicações e trabalhos apresentados em eventos da área agronômica, entre eles: “Conselhos práticos para a formação de novo coqueiral” e “Plano para Desenvolvimento da Cultura do Coqueiro no estado de Sergipe”  (1963); “Como produzir uma boa muda de coco” (1970); “Orçamento para formação racional da cultura do coqueiro”, “Tecnologia e racionalização de agropecuária com aproveitamento das bacias hidrográficas sergipanas” e “Adubação da Cana de Açúcar em solos de tabuleiro do Estado de Sergipe” (1971); “A ação do governo de Sergipe no Setor Agrícola” (1972); Ministrante de cursos, seminários, painéis, participante de mesas-redondas e simpósios, professor e palestrante sobre os mais variados temas relacionados à agricultura; Representante dos agrônomos no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea; na Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil – Confaeab; no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe – Crea-SE; na Mútua, Caixa de Assistência ligada ao Sistema Confea/Crea; na Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe – Aease; Participação em Conselhos de administração de entidades ligadas à agricultura; Junta administrativa da Associação Nordestina do Crédito e Assistência Rural de Sergipe – Ancar-SE (1971-1975); Superintendência da Agricultura e Produção – Sudap (1971-1975 e 1983-1987); Comitê Deliberativo da Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural – Abcar (1971-1975); Companhia de Desenvolvimento de Sergipe – Comdese (1971-1975); Conselho Consultivo das Centrais de Abastecimento de Sergipe – Ceasa/SE (1972-1975 e 1983-1987); Conselho Deliberativo da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos de Sergipe – Cohidro (1983-1987); Conselhos de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia e de Desenvolvimento Industrial de Sergipe (1983-1987).