Creas RJ e MG formam grupo de trabalho para estudar as causas do acidente que envolve a Mineradora Rio Pomba Cataguases

Rio de Janeiro, 17 de janeiro de 2007

Na última sexta-feira, dia 12, uma equipe dos Creas RJ e MG fizeram uma inspeção conjunta na região influenciada pelo vazamento causado pelo rompimento da barragem da Mineradora Rio Pomba Cataguases. Na inspeção técnica, foram constatados indícios de possíveis irregularidades no processo de licenciamento e gestão ambiental do empreendimento. Entre os problemas, os profissionais dos Creas identificaram que a lagoa de resíduos está situada "dentro" do sistema natural de drenagem das águas pluviais, barrando o córrego Bom Jardim, afluente do rio Fubá. Segundo os técnicos, grande parte da bacia hidrográfica está desmatada e o terreno, mesmo após o processo de extração mineral da bauxita, permanece desprotegido, favorecendo o processo de erosão durante os períodos chuvosos.
 
Com o objetivo de estudar as causas do rompimento da barragem, ocorrido no último dia 10, o presidente do Crea-RJ, Reynaldo Barros, e o presidente do Conselho em Minas, Gilson Queiroz,  criaram uma comissão formada por assessores de meio ambiente, inspetores e fiscais, acompanhada por órgãos ambientais dos respectivos estados. A comissão irá reavaliar o projeto da barragem, seu processo construtivo e os procedimentos de licenciamento ambiental ocorridos para a implantação e operação do empreendimento, inclusive levando em conta o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta).

Equipe de comunicação do Crea-RJ