Brasília, 13 de julho de 2016.
Nesta quarta-feira (12), o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) recebe a Reunião do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). “Ninguém está ganhando para estar aqui. Estamos aqui de forma honorífica, prestando um serviço à nação. Sementes boas em solo fértil resultarão em uma árvore com bons frutos, que vencerão a guerra da corrupção eleitoral”, afirmou José Tadeu da Silva, presidente do Confea, na abertura da reunião.
Representante da Engenharia brasileira, Tadeu da Silva mencionou os escândalos de corrupção das grandes empresas de engenharia do país. “Se tem bandido, tem que ir para a cadeia. Mas não podemos fechar empresas e acabar com empregos Brasil afora”, colocou. Márlon Reis, representante do Conselho Federal da Ordem doa Advogados do Brasil (OAB), solicitou apoio do Confea na divulgação de cartilhas e demais ações do Movimento aos cerca de 1,5 milhão de profissionais registrados no Sistema Confea/Crea. Tadeu da Silva se colocou à disposição e disse que, inclusive, levará o assunto ao fórum que reúne todos os conselhos de fiscalização profissional do país.
Ainda durante a manhã, o diretor da Secretaria Executiva do MCCE, Luciano Caparroz, informou que o Movimento tem se articulado em questões pontuais do atual contexto político por que o país passa. “Temos sido cobrados constantemente para tomarmos posicionamentos políticos. Não podemos tomar posicionamento partidário, pois representamos muitas entidades. No entanto, nos manifestamos sobre questões importantes”, afirmou. Como exemplo, ele citou a defesa do retorno e do fortalecimento da Controladoria Geral da União (CGU). Eles também têm cobrado que o Parlamento dê prioridade aos projetos de lei de iniciativa popular.
Caparroz, reponsável por liderar o MCCE, também informou que aprovou ad referendum a participação do grupo em uma carta enviada à Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12/7), solicitando um parlamento mais transparente. Assinam a carta, além do MCCE, entidades como Intervozes, Justiça Global, Instituto Sou da Paz e Conectas Direitos Humanos. Entre as solicitações da carta está a garantia do voto aberto em todas as decisões da Câmara. A íntegra do documento e a lista de todos os signatários estão disponíveis no site da Avaaz.
Também diretor da Secretaria Executiva do MCCE, Carlos Moura lembrou que a valorização da política brasileira também é um dos pressupostos do Movimento. “Temos que orientar o eleitor para que vote bem”, disse, antes de completar que o lema do MCCE é “Voto não tem preço, tem consequências”. “Não adianta demonizar a política, temos sim é que estimular que pessoas de bem ocupem os cargos públicos”, completou Caparroz.
Ainda nesta quarta-feira (13/7), o grupo discute reforma política; aplicativo de celular "Voto Legal", que facilitará o registro de denúncias; o fortalecimento dos Comitês regionais do MCCE para fiscalização das eleições 2016, abrangendo a Lei da Ficha Limpa e a Lei 9840 (lei que proibiu a compra de votos); e o combate ao caixa 2 nas eleições.
Sobre o MCCE
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) é uma rede formada por entidades da sociedade civil, movimentos, organizações sociais e religiosas. Entre elas, o Confea, OAB, Conselho Federal de Farmácia e CNBB. Tem como objetivo combater a corrupção eleitoral, bem como realizar um trabalho educativo sobre a importância do voto visando à busca por um cenário político e eleitoral mais justo e transparente.
Integram o MCCE, também, os comitês estaduais, municipais e locais difundidos por todas as regiões do Brasil. Eles são conhecidos como Comitês 9840 – referência à lei da “compra de votos” – ou Comitês do MCCE e exercem relevante papel de fiscalização, educação popular e monitoramento do orçamento público e da máquina administrativa. Conheça o trabalho da MCCE acessando www.mcce.org.br. O site disponibiliza gratuitamente livros, cartilhas e outros materiais de divulgação e sensibilização sobre o combate à corrupção eleitoral.
Equipe de Comunicação do Confea
