Confea distribui cartilha no Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

Ilustrada e com um resumo das normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), legislações federais e outras informações relevantes que visam melhorar a mobilidade de pessoas com algum tipo de deficiência física, a Comissão Temática Acessibilidade e Equipamentos (CTAE), do Confea, aprovou a publicação da 2ª edição da Cartilha Acessibiliade – guia prático para o projeto de adaptações e novas normas. A ideia, segundo a comissão, “é propagar o conceito de acessibilidade a todas as áreas de conhecimento, com destaque para as abrangidas pelo Sistema Confea/Crea". Distribuída inicialmente entre os 190 funcionários do Conselho, no dia 21 de setembro,  a Cartilha de Acessibilidade está disponível na versão digital.

"Assessora da presidência Cláudia Regina"

Em ações internas  que visam conscientizar os funcionários do Conselho, Cláudia Regina Machado, assessora da presidência do  Conselho, ainda anuncia as ações para o público externo:“o Confea junto com a reitoria da Universidade de Brasília (UnB) prepara um curso de extensão que deve ser aplicado em fevereiro do ano que vem". Ela informa ainda que “o Tribunal de Contas da União (TCU) tem uma comissão de acessibilidade e pretende fazer parceria com o Confea para fiscalização de obras públicas.”


Experiência própria
Desde 2011, o Bloco A da Quadra 508, da avenida W3 Norte, abriga a sede do Confea. Um prédio moderno e adaptado para facilitar a circulação de pessoas com alguma dificuldade de locomoção.

No dia 21 de setembro,  Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência,  o Em Dia, informativo interno do Conselho,  entrevistou Davi Ribeiro,  massagista que, há doze anos, por um descolamento de retina, perdeu 90% da visão, e há cinco anos atende os funcionários.

"Massagista Davi Ribeiro"

Ele conta que quando estudava braile no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV),  foi sorteado para fazer um curso de massagem, “e aos pouquinhos foi nascendo a paixão pela profissão”, confessa. 

Morador de Planaltina (DF), Davi utiliza o transporte público para se deslocar. O Em Dia acompanhou o trajeto que ele percorre descendo do ponto do ônibus da 708 Norte e atravessando a W3 para ter acesso ao prédio. Como o semáforo não é sonoro,  Davi  aciona o botão para fechar o sinal e fica atento ao barulho dos pneus dos carros: “Quando percebo que eles param, eu atravesso”.

Davi diz que nunca teve dificuldade em circular pelo prédio do Confea,  “porque é acessível. Assim que passo pela porta, sigo o piso em alto relevo (chamado de podotátil),  o que facilita o caminho”.

No elevador, Davi tateia a placa com o número os andares, indicados em alto relevo, e aciona o número cinco – andar onde atende os funcionários: “procuro o zero e vou subindo a mão porque já sei que o 5 está acima dele".

Desafio sobre cadeira de rodas

No mesmo dia, o colega Matheus Balduíno (GTE) percorreu o bloco A com uma cadeira de rodas. “A ideia é conscientizar os colegas de trabalho sobre as dificuldades de uma pessoa com deficiência”, diz Cláudia, que vem desenvolvendo ações intergovernamentais visando melhorar a mobilidade urbana.


"Matheus vivenciando um dia de cadeirante"


“Colocar numa cadeira de rodas uma pessoa sem deficiência para que pudesse vivenciar os entraves dos caminhos, foi uma maneira de mostrarmos a acessibilidade do prédio, desde a entrada, passando pelo elevador e banheiros. Nosso prédio está dentro dos padrões de acessibilidade”.

Saiba mais
O dia 21 de setembro é o Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência. No último Censo Demográfico, 45,6 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência, seja do tipo visual, auditiva, motora ou mental/intelectual. Apesar de representarem 23,9% da população brasileira em 2010, estas pessoas não vivem em uma sociedade adaptada. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic) de 2014, a maioria das prefeituras não promove políticas de acessibilidade, tais como lazer para pessoas com deficiência (78%), turismo acessível (96,4%) e geração de trabalho e renda ou inclusão no mercado de trabalho (72,6%).

 

Equipe de Comunicação do Confea