Palmas (TO), 19 de setembro de 2019.

Com uma explanação sobre a mulher engenheira em Portugal, a vice-presidente da Ordem dos Engenheiros de Portugal, Lídia Santiago, abriu o ciclo de palestras que marcou o lançamento do Programa Mulher do Sistema Confea/Crea, durante a 76ª Soea, quando destacou os desafios e conquistas enfrentados pela mulher no mercado de trabalho daquele país. “Como engenheira, fui discriminada no mercado pelo simples fator de ser mulher”, disse a palestrante.

De acordo com Lídia Santiago, é preciso incentivar a participação das mulheres na engenharia, um processo que deve começar ainda no ensino fundamental, como forma de desconstruir a discriminação que ainda predomina. Ela defende a conscientização como ferramenta para fortalecer a prática de igualdade de gêneros.

O segundo tema do dia abordou a Indústria 4.0 e a formação profissional, em palestra ministrada pela assessora do Crea-SE eng. civ. Elaine Santana, que abordou os novos desafios profissionais diante das constantes transformações tecnológicas, ao destacar que a indústria 4.0 exige um novo perfil profissional. “Nós estamos vivendo uma transformação radical no jeito como trabalhamos. A Inteligência Artificial e a ‘internet das coisas’, entre outros processos de automação, já estão substituindo trabalhos e estão mudando as habilidades que as empresas procuram nas pessoas”, destacou Elaine, ao acrescentar que, para estar preparado para o futuro, é preciso entender o que está acontecendo agora.

O ciclo de palestras foi encerrado pela conselheira do Crea-PR eng. agr. Daniela Alves dos Santos, que apresentou a experiência das ações desenvolvidas pelo Comitê das Mulheres do regional paranaense, do qual é coordenadora. Criado no início de 2017 com o objetivo de aumentar a participação e representação das profissionais nas decisões que envolvem o Sistema Confea/Crea, o Comitê também tem trabalhado com foco na diminuição da desigualdade e do preconceito em relação às mulheres, ainda presente no mercado das Engenharias, da Agronomia e das Geociências.

“Hoje são 120 conselheiros, sendo que apenas 13 são mulheres”, disse ela, ao acrescentar que o Comitê, além de buscar igualdade no mercado, serve como um acolhimento para as mulheres engenheiras. “Nós, mulheres, buscamos igualdade na profissão. Para isso, precisamos nos organizar e, principalmente, trabalhar em união para fortalecer e alcançar nossas metas”, afirma.

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Reportagem: Íris Valéria (Crea-SE)
Edição: Beatriz Craveiro (Confea)
Revisão: Lidiane Barbosa (Confea)
Equipe de Comunicação da 76ª Soea
Fotos: Damasceno Fotografia/Confea e Marck Castro