Banco do Nordeste decide investir no agronegócio da cachaça com seminário em João Pessoa

Brasília, 17 de novembro de 2006

Confirmado: a cidade de João Pessoa será a sede na primeira quinzena de fevereiro do próximo ano, do I Seminário sobre o Agronegócio da Cachaça do Nordeste, que reunirá produtores de toda a Região incluindo técnicos e até formandos dos cursos de Agronomia e Engenharia Química. Foi o que ficou acertado nesta quinta-feira em reunião de trabalho entre representantes do BNB liderados pelo diretor Augusto Bezerra e representantes do setor.

Segundo Augusto Bezerra, o seminário visa à capacitação e organização do setor, compreendendo a formulação de propostas de melhoria do nível tecnológico da cadeia produtiva da cachaça. Durante o evento, serão abordados temas de relevância para o agronegócio da cachaça, como modalidades de financiamento para o setor, qualidade da matéria-prima, padrões de identidade e de controle da produção, boas práticas de fabricação, de operação e de higienização do processo industrial, instalações físicas adequadas e equipamentos essenciais à industrialização de bebidas destiladas, sistemática de certificação da cachaça e processo de certificação do Sistema ISO.

Para o gerente dos Fundos de Pesquisa do BNB, José Maria Marques de Carvalho, que representou o Etene na reunião, “um evento dessa natureza vem qualificar a cachaça regional, a exemplo do que já fez Minas Gerais, para que essa cachaça, uma vez qualificada no âmbito da Região, possa se inserir competitivamente em nível nacional e internacional, já que cachaça, assim como a caipirinha, é uma patente nacional”.

O chefe do Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários da Superintendência Federal da Agricultura na Paraíba, Carlos Henrique de Farias Ximenes, que participou do encontro, afirma que o Ministério da Agricultura está absolutamente convencido da importância do agronegócio da cachaça, “que é um produto que está em evidência nacionalmente e mundialmente. Daí surgiu a idéia de fazermos esse seminário, tanto para trazer novas informações àqueles produtores que já vêm trabalhando na formalidade, quanto para, através das associações, alcançar também os que trabalham na informalidade, buscando trazê-los para esse evento e contribuir para trazê-los para a formalidade”.

Já o responsável técnico do Laboratório de Bebidas do Ministério da Agricultura na Paraíba – Slav-PB/Lanagro-PE, Walkyr Henriques de Araújo, afirma que a cachaça será o retrato do Brasil, como hoje o uísque é o retrato da Escócia, aquele produto que identifica o país. “Esse seminário é exatamente para conscientizarmos os pequenos e médios produtores a fazerem uma agregação de valor ao produto, de modo que a cachaça nordestina seja exportada com um padrão de qualidade que engrandeça o nome do Brasil”, diz ele.

O evento é promoção conjunta do Banco do Nordeste, através do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste-Etene; do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, através da Superintendência Federal da Agricultura na Paraíba; e da Aspeca – Associação dos Produtores de Cachaça da Paraíba.

Fonte: WSCOM Online